A 19 de julho de 2023, em todo o território da Nicarágua e em diversos países do mundo se celebrou o 44º aniversário da Revolução Popular Sandinista. Data histórica que o povo do General [de homens livres-NdT] Augusto Cesar Sandino celebrou com grande júbilo. A essa grande festa patriótica também ocorreu, como tem sido a tradição dos festejos durante mais de quatro décadas, o comparecimento de delegações de diversos países do mundo. Figurando numerosas representações diplomáticas, políticas, sociais, solidárias e culturais.
No ato central do 44º aniversário se destacaram representações de Bielorússia, de Burkina Faso, Cuba, Honduras, República Islâmica do Irã, deputados do México do Partido do Trabalho, da Frente de Libertação de Moçambique [FRELIMO], do Movimento Nacional Fatah para a Libertação da Palestina, da Federação Russa, da República Bolivariana de Venezuela, da República Dominicana, assim como “mais de 300 companheiros de Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Guatemala, México, Panamá, Porto Rico, República Dominicana. De Europa, Espanha, Irlanda, Itália, Noruega e Reino Unido, representados aqui como escritores, comunicadores, intelectuais, líderes sindicais, ambientais, sociais e religiosos. “Quase 300 irmãos representantes de distintos movimentos sociais, de academia, de universidades que nos acompanham celebrando este aniversário [edição] 44 de tanta luta e de tanto orgulho pelas vitórias que tanto custam porém que são certas. A luta é o mais alto dos cantos, a luta que continua e as vitórias que são certas”, tal como o manifestou a vice-presidenta da Nicarágua, a poeta Rosario Murillo.
Vale fazer menção que, previamente aos festejos sandinistas, nos dias 17 e 18 se levaram a cabo reuniões dos países da cumbre de Bruxelas entre a União Europeia [UE, 27 países] e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos [CELAC, 33 países], a qual concluiu com um pronunciamento sobre a guerra na Ucrânia. Destacando Nicarágua que não respaldou, não apoiou nem subscreveu tal pronunciamento. Recordemos que a pátria de Sandino guarda em sua memória histórica a lembrança e as agressões das intervenções estadunidenses que por mais de século e meio tem suportado. Como também as represálias e intervenções [por parte] da UE contra o povo sandinista e venezuelano em tempos recentes. Apesar de tudo isso, tal como chegou a afirmar o Excelentíssimo embaixador da Nicarágua no México, Juan Carlos Gutiérrez, que o Governo de Reconciliação e Unidade Nacional [GRUN] alcançou desde 2007 uma série de conquistas sociais para o povo nicaraguense tais como assentar as “bases para o desenvolvimento sustentável de nosso país, mediante a acelerada eletrificação e a construção de modernas rodovias conseguindo a façanha de eletrificar quase 100% do país e de unir o Pacífico com o Atlântico, algo que nenhum Governo havia podido alcançar”. Acrescentando ademais que o Banco Mundial reconheceu que: “Nicarágua mantém um bom ritmo de crescimento. Nosso Bom Governo conseguiu diminuir a pobreza nacional e a pobreza extrema. Nicarágua ocupa o quinto lugar no ranking de países com as melhores rodovias da América Latina e temos as rodovias de melhor qualidade da América Central. De 2007 até a atualidade, o Governo Sandinista construiu mais de 100% da rede de rodovias que tínhamos antes daquele ano, priorizando as zonas produtivas do país e a Costa Caribe nicaraguense, onde o investimento na rede viária era praticamente nulo. A Nicarágua ocupa o primeiro lugar na América Central no crescimento do Produto Interno Bruto [PIB], fato que tem sido reconhecido por consultoras estadunidenses e europeias. Em investimento social em Saúde, Nicarágua tem a maior rede hospitalar da América Central”.
A toda esta situação do crescimento da infraestrutura do país centro-americano, no âmbito da educação também se reconhece que desde 2007: “Nicarágua teve um crescimento em matrícula escolar e universitária com universidades e carreiras vinculadas ao desenvolvimento sustentável e agroecologia; além disso, se erradicou o analfabetismo com o método cubano “Yo, si puedo” [“Sim, eu posso”]. Tal como afirmou o diplomata sandinista, quem também manifestou: “Nosso Governo de Reconciliação e Unidade Nacional prevê alcançar soberania alimentar em 2026. Neste sentido, desde o ano de 2007 o país optou pela capitalização de seus setores produtivos, sendo um país agroexportador, isto se traduziria em fortalecer a produção de alimentos de forma local. A primeira medida para assegurar isto foi a entrega de títulos de propriedade que garantam a posse da terra em mãos de famílias produtoras. Foram entregues títulos em áreas urbanas e rurais, e mais de 30% do território nacional foi titulado em nome de povos originários” […] “Neste mesmo período, Nicarágua incrementou sua produção agrícola e pecuária, duplicou sua economia e obteve uma importante redução da pobreza. Ademais, Nicarágua foi o primeiro país na região em alcançar o primeiro dos objetivos do Milênio: reduzir a desnutrição à metade. Além disso, o Programa Mundial de Alimentos reconheceu ao país por ser dos que mais reduziram a fome na região na última década. Na atualidade, 90% dos produtos consumidos diariamente pelos nicaragüenses são produzidos localmente e se prevê que para 2026 a produção de alimentos alcance 95% do consumo local”.
Outro grande mérito da Revolução Popular Sandinista em nossos tempos concerne a reivindicação da igualdade de gênero [que] é uma demanda mundial. Já esteve presente desde há muitos anos em Nicarágua. Recordemos que na fase insurrecional contra a ditadura de Somoza o sandinismo se destacou por contar massivamente com a presença de milhares de mulheres como combatentes e guerrilheiras pela libertação. Por isso, na atualidade “Nicarágua ocupa o 5º lugar em igualdade de gênero a nível mundial, isto é, igualdade econômica e política entre homens e mulheres; cifras oficiais situam a Nicarágua como o país da América Latina com mais mulheres no Gabinete, é o 6º país em nível mundial com maior representação feminina no Parlamento”.
A tudo isso se acrescenta na realidade política e social que nessa nação centro-americana, quando no mundo há um crescimento da delinquência organizada, no caso da pátria de Sandino, “o Fórum Econômico Mundial sobre o Índice de Competitividade Global mostra a Nicarágua como um dos países mais seguros do continente americano”.
Por isso, afirma o diplomata nicaraguense no México que “os avanços que o Governo Sandinista conseguiu durante seu Bom Governo, com seus mecanismos de participação popular para a consulta e tomada de decisões e os 78,9% da população aprovam a gestão do Governo do Presidente Daniel Ortega”. Declarando ademais que na tradição da solidariedade dos mexicanos com os povos de Nuestra América e com o mundo que a RPS continua aprofundando “o compromisso com os mais pobres, com ações concretas que vão elevando sua qualidade de vida e tornando mais feliz sua existência, rendemos homenagem aos povos que, como o do México, mais que nenhum outro, foram um baluarte da luta sandinista. Solidários até o extremo em que sangue mexicano foi derramado em nossos campos de batalha, convertendo em semente que continua germinando”.
(*) Por Adalberto Santana. Tradução > Joaquim Lisboa Neto
Foto da capa: Lenço protegor usado por combatentes da FSLN durante a guerrilha de 18 anos. Presente ofertado, em Manágua, a Joaquim Lisboa Neto. Foto: Acervo Biblioteca Campesina
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