Os desmandos do atual governo em reduzir orçamentos para políticas públicas, tem levado a nossa sociedade a uma crise sem precedentes na economia, saúde, educação, cultura, lazer e em todos os sentidos da vida. Tudo isso, tem mudado a perspectiva do presente e do futuro da juventude brasileira.
Ainda sem combatermos e superarmos a pandemia da Covid-19 de maneira eficiente, o Brasil vive outra pandemia: a de saúde mental, com milhares de brasileiros deprimidos e ansiosos, resultado do luto, medo e isolamento causados pela pandemia, a perda de renda e a preocupação do desemprego, impactos do desmando do governo atual. Pesquisas apontam que a saúde mental dos jovens-adultos é uma das maiores preocupações no Brasil e no mundo.
O Instituto DataFolha apresentou dois levantamentos recentemente: um que mostra que 34% dos estudantes estão com dificuldade de controlar emoções e outro que aponta que a rejeição ao governo Bolsonaro é de 67% entre os eleitores de 16 a 29 anos.
Esses resultados são reflexos de uma juventude que sofre com a evasão escolar e nas universidades, a carestia, a alta taxa de desemprego que é alta entre os jovens e a falta de incentivo a políticas de saúde mental e cultura, que tem feito com que os jovens percam a capacidade de viver com plenitude e de sonhar com um novo país e com um outro futuro. Essa rejeição significa que a juventude brasileira não aceita ser governada pelo ódio, a omissão e a morte, que é tríade do atual governo.
Bolsonaro provocou a retirada do povo do orçamento e a concentração do orçamento público na mão de quem atende os seus interesses e busca o proteger. Isso faz com que o orçamento para a Secretaria Nacional de Juventude criada nos governos do ex-Presidente Lula, tenha tido uma redução de 93% e tenha desaparecido do orçamento público.
Além disso, recentemente, Bolsonaro afirmou “jovens têm que correr atrás. Eu não crio emprego”. Essa frase é a síntese do governo que não cria empregos, não cria oportunidades, não cria uma cultura de paz e só destrói as vidas, os sonhos e o Brasil.
(*) Por Alexandre Padilha, médico, professor universitário e deputado federal (PT-SP). Foi Ministro da Coordenação Política no governo Lula, da Saúde no governo Dilma e Secretário da Saúde na gestão Fernando Haddad na cidade de SP.
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