Em 2018, havia 2.765 militares em cargos civis no governo federal. Em 2019, o número chegou a 3.515 cargos destinados a servidores oriundos da caserna. E, em 2020, o total chegou a 6.157, um aumento de 122%. (2).
Com ministérios mais militarizados do que na ditadura (1), Bolsonaro, com certeza, está comprando o silêncio dos militares com cargos no governo, ou seja, acumulando salários (3).
E nenhum dos 12 militares nomeados pelo interino Eduardo Pazuello, na saúde, fez medicina, e Pazuello também não é médico (4,5).
E o Brasil já acumula, em 16/07/20, mais de 76 822 óbitos e mais de 2 milhões de infectados pelo Covid-19. E sem um titular médico no Ministério da Saúde (6).
Enquanto isso, Bolsonaro continua a pregar contra o isolamento social e virou garoto propaganda da Cloroquina. Entretanto esse medicamento é contra-recomendado pela OMS e pela Fiocruz (12).
No caso da Cloroquina, Bolsonaro ainda mandou o hospital do Exército fabricar quantidade suficiente para 18 anos (10). Bolsonaro também chegou a recomendar o medicamento em reunião virtual do G-20 (7,11). Sabe-se que o fabricante do medicamento fez campanha para Bolsonaro.
E ainda querem convencer a sociedade de que estão certos!
Após o ministro do STF, Gilmar Mendes, dizer que Exército se associou a ‘genocídio’, Defesa exalta ação das Forças contra a Covid-19 (8).
O vice-presidente, o general Hamilton Mourão, chegou a cobrar retratação de Gilmar, mas diante da manifestação da opinião pública em apoio a Gilmar Mendes, mudou o discurso (9).
O fato é que Bolsonaro, buscando apoio militar para se manter no poder, comprou, com 6 157 cargos, as Forças Armadas!
Será que a sociedade ainda acredita que os militares irão se insurgir contra o governo genocida de Bolsonaro?
3 – https://www.cartacapital.com.br/politica/no-meio-da-pandemia-militares-lutam-por-aumento-salarial/
12 – https://canaltech.com.br/saude/cloroquina-coronavirus-168290/
Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=WLt1Uzifz-M