União de fake news para minar Estado e garantir continuidade da política que está destruindo o Brasil
O órgão responsável pela manutenção do sistema de diques e comportas de Nova Orleans (EUA), desde o século 18, é o Corpo de Engenheiros do Exército. Os estragos causados pelo furacão Katrina, em agosto de 2005, em boa parte potencializados por falhas no sistema, não tiraram do grupamento militar a responsabilidade por cuidar do funcionamento, atribuição que remonta ao final da Guerra Civil.
A coluna toca nesse tema porque as enchentes no Rio Grande do Sul uniram bolsonaristas e mídia financista em ataques ao Estado. Os primeiros, para minar os governos Federal, estadual e, em menor escala, municipal (Porto Alegre), já que os 3 são inimigos da extrema-direita bolsonarista nas próximas eleições.
A mídia, porque interessa manter o governo Lula sob cabresto. Qualquer tentativa de fugir da armadilha da austeridade fiscal, vulgo austericídio, é atacada com todas as forças para manter o sistema de estrangulamento do Estado e garantir todos os recursos possíveis para ceivar rentistas com os juros mais altos do mundo.
A estratégia é a mesma: fake news. Mentiras menos disfarçadas, no caso da tropa bolsonarista, ou um pouco mais dissimuladas, no caso da mídia.
O que ocorreu no Rio Grande do Sul é simbólico do que ocorre no restante do País: infraestrutura sucateada, projetos não executados, necessidades da população deixadas de lado. Em boa parte, porque os recursos são desviados para o pagamento de uma dívida sem fim.
Dívida eterna
Renegociada em 1997 sobre um montante total de R$ 112 bilhões, a dívida dos estados está em R$ 591 bilhões, apesar de já terem sido pagos mais de R$ 400 bilhões. Apenas o Rio de Janeiro tem uma dívida de R$ 190 bilhões, contra uma receita líquida de R$ 88 bilhões em 2023. Os cálculos foram enviados por Geraldo Luiz Lino, coeditor do Solidariedade Iberoamericana MSIb.
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Os ataques de Javier Milei à Espanha objetivam somente criar confusão e divulgar a imagem do Napoleão de hospício argentino em outros países fora o seu. O problema é o estrago que a agenda pessoal causa na relação entre as duas nações.