Os 107 dias de campanha que Kamala Harris teve a seu dispor para vencer a eleição presidencial nos Estados Unidos não foram suficientes para derrotar os quatro anos de campanha de ódio e descrédito contra o Presidente Biden, e logo contra ela,
movida por Trump, a Fox News, centenas de pdcasts regiamente monetizados dezenas de milhares de agentes contratados para baer á portaá de dezenas de casas por dia, com material de campanha difamatório de Kamala, e não sei quantos pastores-picaretas (como os d ministro Milton Ribeiro, do governo Bolsonaro, que cobravam adiantado em barras de ouro, explorando despudoradamente a boa fé e a convicção religiosa dos seguidoresde suas “igrejas” e sempre impunes, poque niguém se expunha a expô-los e ser estigmatizado como perseguidor da liberdade religiosa.
A mídia internacional, mainstream e alternativa, fo tão surpreendida pelo resultado da eleição, que dois diasdeois ainda não tinha percebido um registro na agenda de Trump ainda este mês, em principio no dia 26: Presidente eleito ou não, ele terá de comparecer ao tribunal de Nova York onde há meses foi condenado pelo júri pelas 34 fraudes e falsificação que cometeu para esconder os 130 mil dólares que pagou à atriz pornô Stormy Daniels por uma noite de sexo enuanto sua mulher Melania dava à luz ou tinha acabado de fazê-lo. Não era de Melania que Trump queria esconder sua escapada, era dos eleitores que logo escolheriam entre ele e Hillary Clinton na próxima eleição presidencial.
O caso ainda pode ser transferido do juiz estadual Juan Merchant para um tribunal federal, mas, se não for, a sentença habitual nesses casos é alguns meses de prisão em regime fechado. Trump, porém, pode ser condenado a alguma pena alternativa e pode uma manhã essas, de macacão de jardineiro, plantando mudas de macieiras no Central Park.
Para ele e seu tentacular dispositivo de mídia, essa alternativa, bem trabalhada, não terá nada de humilhante, será um bom exemplo do Presidente que não se põe acima da lei. E vai eclipsar agrande e séria pergunta que começa a ser feita, com mito medo dos perguntadores pela possível resposta que só o tempo dará:
— Trump está de volta, mas por quanto tempo mais, agora?
(*) Por José Augusto Ribeiro – jornalista e escritor, é colunista do Jornal Brasil Popular com a coluna semanal “De olho no mundo”. Publicou a trilogia A Era Vargas (2001); De Tiradentes a Tancredo, uma história das Constituições do Brasil (1987); Nossos Direitos na Nova Constituição (1988); e Curitiba, a Revolução Ecológica (1993); A História da Petrobrás (2023). Em 1979, realizou, com Neila Tavares, o curta-metragem Agosto 24, sobre a morte do presidente Vargas.
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