Tebboune obteve 5,32 milhões de um total de 5,63 milhões de votos, o que representa 94,65% do total, segundo o presidente da Autoridade Eleitoral (Anie), Mohamed Charfi
A votação foi marcada pela alta taxa de abstenção, destacou Hasni Abidi, analista e diretor do Cermam Research Centre, em Genebra. Em dezembro de 2019, Tebboune foi eleito com 58% dos votos, mas apenas 39,83% dos eleitores compareceram às urnas.
O presidente enfrentou dois candidatos: Abdelaali Hassani, um engenheiro de 57 anos e líder do Movimento Sociedade pela Paz (MSP, principal partido islamista) e Youcef Aouchiche, 41 anos, ex-jornalista e senador, que lidera a Frente das Forças Socialistas (FFS, o partido de oposição mais antigo).
Neste domingo, a campanha de Hassani denunciou “violações” nas eleições, com “pressão nas seções eleitorais para “inflar” resultados a favor do presidente”. Por sua vez, o MSP descreveu a “taxa média de participação” anunciada pela autoridade eleitoral como um “termo suspeito”.
Apoio de quatro partidos
Tebboune tem o apoio de quatro grandes legendas, incluindo a Frente de Libertação Nacional (FLN) e o movimento islamista El Bina.
Os três candidatos concentraram seus discursos de campanha em questões socioeconômicas, com promessas para melhorar o poder aquisitivo e recuperar a economia e torná-la menos dependente dos hidrocarbonetos (responsáveis por 95% das receitas em moeda estrangeira).
Em relação à política externa, os três candidatos reiteraram seu apoio às causas da Palestina e do Saara Ocidental.
Historicamente, a Argélia tem apoiado a Frente Polisário, que defende a independência do saaraui em relação ao Marrocos, que controla a maior parte do território há quase cinco décadas.