O Congresso Nacional aprovou lei (14.019/20) que tornaria obrigatório em todo o território nacional o uso de máscaras de proteção facial em espaços públicos, como ruas e praças, em veículos de transporte público, incluindo carros de aplicativos de transporte, e em locais privados acessíveis ao público.
Tornaria. Nada menos do que 17 vetos do presidente da República desfiguram totalmente a Lei, fazendo com que ela passasse a ser, não um reforço às medidas preventivas no combate à pandemia da covid-19, mas um aliado do vírus.
As Casas legislativas levaram três meses em discussões para aprimorarem o instrumento legal que tomou forma no texto enviado à apreciação do presidente. Em uma só canetada, o espírito genocida de Bolsonaro transfigurou o trabalho do Congresso e deu mais um sinal de que é aliado da morte contra a vida.
Com os vetos presidenciais, as máscaras deixam de ser exigidas em estabelecimentos industriais e comerciais, shoppings, templos religiosos, estabelecimentos de ensino e outros locais públicos fechados, onde as pessoas se aglomeram.
Enquanto governadores e prefeitos tentam estabelecer protocolos sanitários e educacionais que permitam a reabertura de escolas e universidades, Bolsonaro sinaliza na direção oposta num claro desprezo à vida de crianças e jovens, grande maioria entre os que frequentam os bancos escolares.
O genocida também vetou a obrigação a governos municipais e estaduais de fornecerem máscaras gratuitamente à população carente, numa atitude de escárnio àqueles que conferem cada centavo na compra de algum bem ou serviço.
Colocando-se em oposição flagrante à vontade da imensa maioria da população brasileira, que quer o fim da pandemia e o retorno à vida sem os sobressaltos da pandemia, Bolsonaro apressa o fim de seu desgoverno e causa um sentimento de repulsa em todos aqueles que defendem a democracia, os direitos humanos e sociais e a vida.