Pelo menos 17 pessoas morreram na sequência dos ataques israelitas perpetrados nas primeiras horas de segunda-feira, em Alepo e arredores, no Norte da Síria
Segundo refere a Prensa Latina – entre os outros meios de imprensa –, fontes locais indicaram que as vítimas mortais são soldados sírios e membros de milícias aliadas do Exército Árabe Sírio na luta contra o terrorismo.
As fontes citadas – mas não nomeadas – referiram que aviões de combate israelitas dispararam mísseis a partir da região de al-Tanf, ocupada pelas forças norte-americanas no Sudeste da Síria, tendo chegado ali provenientes do espaço aéreo jordano.
Afirmaram ainda que a agressão israelita foi levada a cabo longe do alcance das defesas anti-aéreas sírias e com total cobertura e apoio das tropas de Washington, refere a Prensa Latina.
Antes, o Ministério sírio da Defesa tinha confirmado, numa nota, que os ataques na madrugada de segunda-feira visaram várias posições nos arredores de Alepo e que tinham provocado vítimas mortais e danos materiais, mas sem precisar números.
O ataque israelita contra a região da grande cidade do Norte da Síria é o mais letal da cadeia recente de agressões israelitas contra território sírio. Na passada quarta-feira, 29 de Maio, pelo menos uma criança morreu e cerca de duas dezenas de pessoas ficaram feridas como resultado de intensos bombardeamentos israelitas contra a região de al-Furklos (Leste da província de Homs) e contra a cidade costeira de Banias (província de Tartus).
No sábado anterior, 25 de Maio, drones israelitas atacaram viaturas do Exército Árabe Sírio e aliados no município de al-Qusayr, junto à fronteira com o Líbano, provocando pelo menos a morte a uma pessoa e deixando um ferido, alegadamente membros do Hezbollah.
Segundo refere a Xinhua, esta localidade da província de Homs já tinha sido alvo de um ataque israelita a 20 de Maio último, do qual resultaram pelo menos oito mortos.
Damasco continua a dirigir-se à ONU e ao seu Conselho de Segurança
As autoridades sírias têm denunciado repetidamente, junto das Nações Unidas e do seu Conselho de Segurança, os ataques israelitas contra o seu território, exigindo a ambos os organismos que assumam as suas responsabilidades e actuem de modo a travar os sucessivos ataques israelitas, considerando que tais agressões são «flagrantes violações do direito internacional» e representam uma «ameaça à paz e à segurança na região e no mundo».
Num comunicado emitido no final de Abril, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros afirmou que a Organização das Nações Unidas (ONU) e a comunidade internacional devem tomar todas as medidas dissuasoras com vista a deter os crimes cometidos pelo ocupante sionista.
Para Damasco, as agressões israelitas «confirma[m] a arrogância e a abordagem terrorista e fascista de Israel contra a soberania síria, e a estabilidade e segurança de todos os países da região».
A propósito do ataque de ontem à província de Alepo, Moscovo também se pronunciou, com o Ministério dos Negócios Estrangeiros a alertar para as «consequências extremamente perigosas» das acções bélicas israelitas, que «podem provocar uma escalada armada em grande escala».