Até a noite de sábado (6/7), Sobradinho registrava 491 casos de pessoas contaminadas pelo vírus Corona, se somarmos com Fercal e Sobradinho II chegaremos a 567 infectados pelo vírus e sete óbitos.
Quando olhamos apenas o número de forma isolada não parece muito, mas quando comparamos com dados de um mês atrás nos deparamos com um crescimento assustador da doença nas últimas cinco semanas. Segundo dados da Secretária de saúde do DF, em 1º de maio, Sobradinho contava com 35 infectados, Fercal nenhum e Sobradinho II, cinco. Ou seja, tínhamos no total 40 casos de contaminação pelo vírus Corona em toda a Região e nenhuma morte.
O aumento de infectados nas regiões de Sobradinho, Fercal e Sobradinho II chega a ser 14 vezes maior em cinco semanas, ou seja, um aumento superior a 1.000% no período. Não tínhamos registro de morte em maio, com isso saímos de 0 para 4 mortes em cinco semanas.
O crescimento exponencial da doença na região assusta. Quando analisamos os dados detalhadamente, verificamos que a contaminação cresce a passos largos. É certo que as informações vindas do Governo do Distrito Federal não acusam uma ocupação alta dos leitos de UTIs no momento, mas se seguirmos com essa taxa de crescimento, certamente o sistema de saúde do DF estará altamente pressionado em pouco tempo.
Diante desse quadro, assusta o governo anunciar a flexibilização das regras de isolamento social na cidade, autorizando a abertura de vários setores não essenciais, como shopping centers e parques recreativo. Monitoramentos realizados pelo próprio GDF já indicavam um crescimento de aglomeração de pessoas antes das últimas flexibilizações, a tendência com o novo decreto de relaxamento e um aumento exponencial de casos. O que mais chama a atenção é que não são apresentados estudos estatísticos que embasem o relaxamento anunciado, parece que a pressão de setores empresariais e do Governo Federal vem fazendo o governador do Distrito Federal deixar as orientações científicas e enveredar para o achismo.
Parte da população, por sua vez, parece anestesiada em relação aos números devastadores da doença em nível nacional, que já passam de incríveis 500.000 pessoas contaminadas e mais de 30 mil mortes. É obvio os impactos econômicos da pandemia para o DF e para o Brasil, no entanto devemos nos lembrar que os países que estão vencendo a guerra contra o Coronavírus, estabeleceram uma “hierarquia” no enfrentamento a doença: primeiro a vida, depois a economia. E nos parece essa ser a forma mais sábia de enfrentar o problema, nenhum país sairá impune da pandemia se negligenciar salvar vidas humanas para socorrer setores econômicos.
É importante lembrar que não temos vacinas ou remédios, comprovadamente, eficazes para combater a doença. E a experiência de combate ao vírus mundialmente mostram que a melhor forma de salvar vidas, ainda, é o distanciamento social, o uso de máscaras, o uso de álcool 70º e a higienização constante das mãos.
Com isso, reafirmamos: QUEM PUDER FIQUE EM CASA.