Já a alface e o tomate apresentaram um leve movimento de alta nos preços
Informações do 10º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta sexta-feira (18/10), apontam que houve um movimento de queda nos preços da batata, da cebola e da cenoura na maior parte das centrais de abastecimento pesquisadas. Já a alface e o tomate apresentaram um leve movimento de alta nos preços.
Segundo o estudo, a cebola continua com uma queda expressiva de preços em todas as Ceasas. No entanto, em comparação com agosto, o preço sofreu queda de 22,27%, menor que no mês anterior (-31,64%). A sequência de quedas é determinada pela oferta em ascensão e em altos patamares, além da origem do produto em várias regiões do país.
Para a batata, o movimento declinante dos preços continuou em setembro, com queda de 1,59%, bem menor do que em agosto e julho. Na comparação mensal a oferta desceu apenas 2,7% para o tubérculo. A oferta declinou em relação a agosto, mas não o bastante para reverter por inteiro a tendência de queda nos preços.
Já no caso da cenoura, a queda foi bem maior, ficando em 15,02%. A derrubada de preço foi provocada pela oferta em níveis elevados e pela produção satisfatória em todas as áreas produtoras.
Após vários meses de queda, em setembro, o preço do tomate apresentou reversão desse movimento, com aumento de 2,6%, em comparação com a média de agosto. A alta, porém, não foi unânime entre as Ceasas, pois, dada a pulverização da produção do tomate, o preço muitas vezes é suscetível às lavouras próximas.
A alface também apresentou uma alta de pequena magnitude (2,03%). Desta forma, os preços continuam em baixos níveis, pois nos meses anteriores houve quedas significativas. Pelo lado da oferta, ocorreu diminuição de 4,5% em relação a agosto, quedas já observadas nos três últimos meses.
Frutas – No setor das frutas, em setembro, o movimento preponderante de preços da banana e mamão foi de queda. Ocorreu leve aumento da oferta da banana prata do norte mineiro e centro-sul baiano, além de diminuição considerável da oferta da banana nanica. Com isso, os preços em geral caíram para a primeira variedade e subiram para a segunda.
Para o mamão, ocorreu aumento da comercialização da variedade papaya no norte capixaba e sul baiano, que abasteceu principalmente as Ceasas do Sudeste, com queda de preços nesses locais.
No caso da maçã, ocorreu elevação da comercialização e pequenos aumentos dos preços, num contexto de diminuição cada vez mais intensa dos estoques das classificadoras, em meio à quebra de safra no Sul. Já os preços da laranja continuaram elevados, alcançando novo recorde, devido à elevada demanda para fabricação de suco e queda da comercialização na maior parte das Ceasas.
No acumulado até setembro de 2024, o volume total de frutas enviado ao exterior foi de 667,15 mil toneladas, queda de 3,87% em relação ao intervalo janeiro/setembro de 2023.
Nesta edição, a seção de Destaques das Ceasas aborda o Encontro de Embalagens Retornáveis promovido pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e pelo Instituto Brasileiro de Horticultura (Ibrahort) no dia 15 de outubro de 2024 no Entreposto Terminal São Paulo, tema relevante para qualidade dos alimentos comercializados em toda cadeia de hortigranjeiros.
Os dados estatísticos do Boletim Prohort da Conab são levantados nas Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Vitória/ES, São José/SC, Goiânia/GO, Recife/PE, Fortaleza/CE e Rio Branco/AC que, em conjunto, comercializam grande parte dos hortigranjeiros consumidos pela população brasileira. As análises completas podem ser acessadas no 10º Boletim Hortigranjeiro Outubro 2024 , disponível no Portal da Conab.