Neste domingo (3/5), enquanto o Brasil ultrapassa as tristes marcas de 100 mil casos confirmados e 7 mil mortes em decorrência da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro reúne manifestantes diante do Palácio do Planalto para ameaçar a democracia e vidas humanas. No ato, o presidente fez novas ameaças à democracia afirmando que as Forças Armadas estão do lado dele e que ele já está no limite. Que limite é esse ele não explicou.
“Daqui para frente, não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição, ela será cumprida a qualquer preço. E ela tem dupla mão, não é de uma mão de um lado só não”, afirmou Bolsonaro. Na manifestação havia muitas faixas pedindo o fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, além de outras a favor do golpe militar com a permanência dele no poder.
Enquanto cobriam a manifestação, profissionais do jornal Estadão foram agredidos com chutes, murros e empurrões por apoiadores de Bolsonaro. O curioso é que, na véspera das eleições presidenciais de 208, o editorial deste mesmo jornal afirmava que era “uma escolha muito difícil” entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro. Será que os donos desse jornal ainda pensam assim?
Mas, no mundo real, o fato é que os dados oficiais mostram que o número de casos confirmados de Covid-19 no Brasil chegou a 101.147 neste domingo. Em 24 horas, o país registrou 4.588 novos casos, um acréscimo de 5%. A doença já matou 7.025 pessoas no Brasil. No dia anterior, o número de óbitos chegava a 6.750.
Até o momento, o estado de São Paulo é o mais afetado pelo novo coronavírus. Ao todo, são 31.772 paulistas infectados e 2.627 mortos. Em seguida está o Rio de Janeiro com 11.139 casos confirmados e Pernambuco com 8.643. Tocantins, com 246 casos, é a Unidade da Federação com o menor número de registros da doença.