O momento vivenciado no Brasil e no mundo traz para nossa sociedade uma nova realidade. Assistimos ao aprofundamento da tentativa de impor que a lógica econômica se sobreponha à lógica da vida.
A economia em Brasília expandiu se, o que é bastante positivo. 587 negócios foram abertos, entre 17 de março e 5 de junho. O número de empresas extintas ficou abaixo do ocorrido em no mesmo período de 2019. Mas, e a Covid? Essa também tem aumentado e vertiginosamente e vidas humanas estão sendo ceifadas.
O governo Federal e em boa parte o GDF, não tem atuado como a realidade de pandemia exige. As ações e os programas lançados são absolutamente insuficientes para garantir à população as condições necessárias de enfrentamento à Covid-19 e para guardar se em casa. Milhões de brasileiros e brasileiras não tiveram acesso aos auxílios governamentais que diga se de passagem, não fosse a ação firme e contundente dos partidos de oposição, seria de míseros R$ 200,00 (duzentos reais).
O isolamento Social, único meio eficaz de garantir a contenção da contaminação, fica prejudicado pela ação insuficiente e pelos boicotes e as atitudes irresponsáveis de nossos governantes. Implanta se uma falsa dicotomia entre a economia e a vida humana e gera a insegurança e o medo da perda da liberdade e do direito de ir e vir.
O fechamento dos comércios, das escolas e a restrição da convivência e de aglomerações, evidencia uma realidade cheia de questionamentos. Em nossas quadras temos comércios, salões por exemplo, funcionando disfarçadamente, com agendamentos, fruto da falta de fiscalização e, obviamente das necessidades da população, não atendidas adequadamente pelo Estado. A consequência é que o Plano Piloto é a segunda região mais afetada pela pandemia. Até este domingo (12/7) temos 5.137 casos e 54 vítimas fatais.
A rede hospitalar pública, com 406 leitos de UTI, a cada dia vê sua disponibilidade de leitos diminuir. Já temos cerca de 90% de leitos ocupados. E com a flexibilização do isolamento social inicialmente adota, temos pelo agravamento da pandemia e pelo colapso de Rede Hospitalar.
O HRAN, nosso único hospital de referência para o combate ao Corona vírus, passou por importante reforma e melhorias no atendimento à população. Entretanto, as condições de atendimento dos hospitais públicos estão aquém das necessidades e a população ainda sofre com esperas e atendimentos inadequados.
SOLIDARIEDADE
De outro lado a população se mobiliza para atender suas necessidades básicas. Recebe o apoio de entidades, ONGs, CUT e sindicatos que lançam campanhas de solidariedade e arrecadação de doações, para atender às populações mais carentes.
O Partido dos Trabalhadores se somou a essas entidades e lançou a “Rede de Solidariedade, Gente é para brilhar não pra morrer de Fome”, em parceria com o CEA Centro Estudos e Assessoria. Com a ajuda da população e de militantes, já foi arrecadada mais de uma tonelada de alimentos, agasalhos e máscaras. Em todo o Distrito Federal, cerca de 1.000 famílias já foram contempladas, somente na região do Plano Piloto já atendemos mais de 100 famílias em situação de carência e grande necessidade. Em cada visita, uma oportunidade de orientar quanto ao combate e prevenção ao Corona vírus, nas inscrições aos programas de assistência social como o Bolsa família dentre outros.
Vencer a pandemia, apesar dos equívocos governamentais e solidariedade com os que mais precisam, essa é a nossa tarefa.