Estado de São Paulo passou de três milhões de casos da doença desde o começo da pandemia. Especialista da Ufes alerta para chegada da 3ª onda
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) informou que houve 889 mortes por Covid-19 e 25.200 novos infectados pelo novo coronavírus registrados nas últimas 24 horas em todo o País. Os dados são do seu mais recente balanço divulgado, nesta segunda-feira (10), pelo Conselho. No total, o Brasil já perdeu 423.229 vidas para a doença e computou 15.209.990 casos de contaminação.
Já o levantamento do consórcio de veículos de imprensa indica que o Brasil registrou 1.018 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando, nesta segunda-feira (10), 423.436 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias chegou a 2.087. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -13%, indicando tendência de estabilidade nos óbitos decorrentes do vírus.
Dados do site Metrópoles, que tem levantamento próprio, indicam que, em 10 dias, maio já registrou 19.358 mortes provocadas pela pandemia em todo o país. A média móvel de mortes por Covid-19, entretanto, vem apresentando números menores. Nesta segunda-feira (10/5), o indicador apresentou queda pelo 12º dia consecutivo, com 2.073 óbitos diários. Nesse domingo (9/5), a média foi de 2.087.
Especialistas apontam para a chegada da terceira onda ainda mais violenta
Em entrevista ao site Sputnik Brasil, a epidemiologista Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), informa que, com a flexibilização das medidas de isolamento, o lento ritmo de vacinação e a chegada do inverno a pandemia do novo coronavírus vai ter novo avanço no Brasil em 2021.
Segundo ela, isso ocorrerá em razão do fato de diversos estados e municípios voltaram atrás em medidas de restrição de circulação no início de maio após uma nova estabilização no número de casos e mortes por Covid-19 no País.
Na reportagem, o Sputnik Brasil informa que, no Rio de Janeiro, por exemplo, a Prefeitura da capital liberou, na sexta-feira (7), a circulação em praias, parques e cachoeiras em finais de semana e feriados e permitiu a reabertura de casas de espetáculos, com 40% da capacidade em locais fechados, entre outras flexibilizações. Na manhã desta segunda-feira (10), o Distrito Federal já estava com mais de 90% das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 ocupadas.
Porém, uma média de mais de duas mil mortes por dia ainda está bem longe de ser baixa. Preocupados com a reabertura, muitos especialistas já preveem uma terceira onda de COVID-19 em 2021.
O surgimento de novas cepas de SARS-CoV-2, combinado ao lento ritmo de vacinação no país e à chegada de meses mais frios, pode ocasionar uma nova explosão de diagnósticos da doença entre o final de maio e junho.
“Não tivemos nenhum plano de expansão de testes, de testagem mais rápida para colocar as pessoas em isolamento. Reduzimos a transmissão, mas não tivemos investimento em melhorias para prevenir a transmissão”, disse Ethel Maciel em entrevista à Sputnik Brasil.