As vendas referentes ao Dia das Crianças de 2020 deverão registrar queda de 4,8%, em relação a 2019, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Contudo, a retração não será a pior da história. A pior foi no ano do golpe que derrubou a presidente Dilma Rousseff, quando o recuo chegou a 8,1%.
O Dia das Crianças é a terceira mais importante do calendário do varejo nacional, atrás de Natal e Dia das Mães, e deve movimentar R$ 6,2 bilhões neste ano.
Com alta esperada de 3,2%, os hiper e supermercados deverão movimentar R$ 4,4 bilhões (70,2% do total) e ser os únicos a registrar avanço com a data. Outros segmentos que costumam se beneficiar do aumento sazonal das vendas nesta época do ano tendem a amargar perdas, como os ramos de brinquedo e eletroeletrônicos (-2,5% ou R$ 1,3 bilhão); livrarias e papelarias (-9,9% ou R$ 48,1 milhões); e lojas de vestuário e calçados (-22,1% ou R$ 489 milhões).
Para Fabio Bentes, economista da CNC responsável pela pesquisa, o processo de resgate do nível de atividade do varejo desde o início da recessão provocada pelo surto de covid-19 ainda não está completo em diversos segmentos do varejo. “Especialmente naqueles três segmentos nos quais são esperadas perdas”, reforça Bentes.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil (arquivo/2019)