Cada vida que tocamos é um lembrete do poder e da responsabilidade que temos em nossas mãos.
Muitas vidas estão em jogo no Rio Grande do Sul. A população de vastas regiões sofre por transtornos mentais, como depressão, pelos infortúnios sofridos por causa da crise climática, em especial as terríveis enchentes a que o Rio Grande do Sul foi acometido.
Não só a cabeça do gaúcho vai mal. O Estado todo vai mal, como já demonstramos, com muitas pessoas indo a Santa Catarina, em especial depois de aposentados.
O Rio Grande do Sul que festeja um PIB acima da média nacional tem atendimentos de saúde precaríssimos.
Os hospitais estão lotados em Porto Alegre, na capital, onde o atendimento de saúde de excelência sempre foi tido como um dos melhores dos pais.
Mas há filas para tudo, com um acúmulo de faltas nas áreas de saúde visual, por exemplo, sem falar nas cirurgias.
Região Metropolitana
No entorno de Porto Alegre que se concentram os grandes problemas, pois foram os municípios mais atingidos pelas enchentes, aumento o processo de falta de quase tudo, quando os prefeitos não conseguem dar conta do essencial e básico.
‘Prefeitos da Região Metropolitana solicitam recursos federais para conter crise na saúde
Gestores municipais se reuniram com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Brasília, fazendo um apelo em desespero.
Conforme o prefeito da capital, Sebastião Melo (MDB):
“O ministro foi muito atento, porque ele conhece bem a Região Metropolitana, já foi ministro da Saúde (no governo Dilma Rousseff), tem frequentado o Grupo Conceição.
E ele, evidentemente que vai analisar as nossas demandas, processá-las junto com secretários executivos, e reforçou de que estará conosco em uma reunião tripartite, envolvendo o Estado e estes municípios”.
No ofício ao Ministério da Saúde, a prefeitura de Porto Alegre aponta para a necessidade de abertura de 101 leitos clínicos adultos, 31 leitos clínicos pediátricos e 10 leitos de UTI pediátricos, divididos três hospitais – Hospital Porto Alegre, Hospital Restinga Extremo Sul e Hospital Vila Nova.
Já o pedido para recomposição do Teto MAC é para desafogar a Capital de uma defasagem nos repasses federais para atendimentos de média e alta complexidade. Para tal, a prefeitura de Porto Alegre estima que são necessários quase R$ 49.3 milhões ao mês.
Os prefeitos disseram que também vão procurar o governador do Estado.
(*) Por Adeli Sell, professor, escritor e bacharel em Direito.
*As opiniões dos autores de artigos não refletem, necessariamente, o pensamento do Jornal Brasil Popular, sendo de total responsabilidade do próprio autor as informações, os juízos de valor e os conceitos descritos no texto.