Depois de sucessivos vetos das principais potências no Conselho de Segurança da ONU, a Assembleia Geral vai considerar nesta quinta-feira e sexta-feira uma resolução que pede um “cessar-fogo imediato” em Gaza. O texto, ainda que politicamente seja relevante, tem apenas um aspecto de recomendação.
Seu maior impacto, porém, será o de mostrar o isolamento de EUA e Israel no debate e, assim, aumentar a pressão para que o Conselho de Segurança da ONU destrave as negociações para uma resolução com maior poder.
Numa conversa reservada com o chanceler Mauro Vieira, a presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Marjana Spolyaric, fez um apelo nesta semana para que o Brasil não desista de negociar uma resolução no Conselho de Segurança.
No encontro, ela descreveu ao brasileiro um quadro humanitário de “extrema gravidade” e pediu medidas urgentes por parte do órgão da ONU. O Brasil preside o Conselho até a semana que vem. Mas é sua resolução que tem servido de base para uma nova tentativa de destravar o impasse.
Nesta semana, numa cena descrita por diplomatas como “circo macabro”, o Conselho não conseguiu chegar a um acordo sobre como responder à crise em Gaza. Um texto proposto pelos EUA foi vetado por Rússia e China, que acusaram Washington de nem sequer pedir um cessar-fogo.
Instantes depois, foi Moscou quem sugeriu um novo texto. Mas sem qualquer referência ao direito de autodefesa de Israel, a proposta foi derrubada por EUA e Reino Unido.
Outros dois projetos – um deles do Brasil – já tinham sido vetados na semana passada, ampliando a crise.
Diante do impasse, a solução encontrada pelos países árabes foi a de levar o tema para a Assembleia Geral, fórum no qual nenhum país tem poder de veto. Basta, portanto, o voto da maioria dos 192 países para que uma resolução seja aprovada.
Negociação e próximos passos
Ninguém na ONU ou entre os diplomatas acreditam que Israel vai interromper seus ataques ou que os reféns serão soltos graças ao texto que será votado entre hoje e amanhã, em Nova York. Mas um dos objetivos é de colocar pressão para que as potências cheguem a um acordo.
Nos bastidores, um grupo formado por Brasil, França, Suíça, Malta, China e outros países que fazem parte do Conselho tentam resgatar o projeto de resolução do Itamaraty como base de uma nova negociação.
O texto, segundo a versão da Casa Branca, não teve o apoio americano por não incluir a tese da autodefesa de Israel. Mas, para russos, esse termo significaria um sinal verde para continuar atacando, sem que não haja uma referência explícita sobre um cessar-fogo.
Foto da capa: Lula discursa na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Imagem: Reprodução/ONU
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