Nestes 1º e 2 de novembro Cuba apresentou ante as Nações Unidas uma resolução que reivindica o cessar do genocida bloqueio contra nosso povo. Pela 31ª ocasião, a comunidade internacional denunciará e tomará partido por acabar com o cerco mais longo, impiedoso, ilegal e vergonhoso que a humanidade conhece.
A humanidade não tinha ouvido Martin Luther King a pronunciar seu discurso “Eu tenho um sonho”, o homem não tinha viajado para a Lua, não havia ocorrido o primeiro transplante de coração, não existia internet, não conhecíamos os Beatles, porém o povo de Cuba já sofria as consequências do bloqueio do governo dos Estados Unidos.
Oitenta por cento dos cubanos só conhecem um país sob os efeitos de políticas comerciais e financeiras de máxima pressão impostas desde seu vizinho do norte. Gerações de crianças cresceram com as limitações econômicas, a perseguição comercial, a guerra cultural e o cerco midiático que impõe escolher um caminho soberano tão próximo do principal império do mundo.
Uma guerra não declarada contra a economia, a sociedade, a vida cotidiana e os sonhos de progresso de 11 milhões de cubanos que não tem cessado nem um só dia; pelo contrário, aperfeiçoa seus métodos para nos privar de equipamentos, peças, tecnologias, suprimentos, medicamentos e alimentos.
A 6 de abril de 1960 o subsecretário de Estado Lester D. Mallory marcava num memorando secreto uma linha seguida ao pé da letra nas sucessivas administrações estadunidenses: “[…] Há que pôr em prática rapidamente todos os meios possíveis para fragilizar a vida econômica […] negando a Cuba dinheiro e suprimentos com o objetivo de reduzir os salários nominais e reais, com vistas a provocar fome, desespero e a derrocada do governo.”
Os danos destas políticas, só entre março de 2022 e fevereiro de 2023, ascenderam a 4 867 bilhões de dólares. Se não existisse o bloqueio, apenas com um terço deste montante se teria garantida a cesta básica que Cuba oferece para toda a população. Uma semana sem suas restrições permitiria adquirir 206 ônibus, seis trens de ferro, um avião e um ferryboat.
O projeto cirúrgico das medidas de bloqueio faz com que não exista cubano que não padeça das limitações impostas por essas políticas desumanas. Nestes momentos, 20 mil famílias esperam diagnósticos de enfermidades genéticas que não foram confirmadas, pois a tecnologia necessária para isso contém 10% de componentes estadunidenses, vetados para Cuba.
A perseguição em todo o mundo contra bancos que operem com nosso país, multas a companhias de navegação e diversas entidades, a intimidação e campanhas de descrédito contra a cooperação médica e o setor turístico e a inclusão na unilateral e espúria lista de países patrocinadores do terrorismo são parte dos desafios impostos por 243 medidas coercitivas, que reforçaram o bloqueio e permanecem vigentes desde o presidente Trump.
Quando falamos dos efeitos acumulados, das cifras e dos danos econômicos, têm muito o que contar, porém também as histórias de vida e o esforço por defender o caminho escolhido. Os cubanos nos reinventamos ante as adversidades e limitações. Nesses mesmos 60 anos de bloqueio, Cuba ajudou a 165 nações com missões médicas, salvou a mais de 10 milhões e 35 mil vidas e assistiu a países irmãos durante a pandemia. Criou vacinas, protegeu a seu povo, formou doutores e estendeu a mão. Apesar da agressividade, a solidariedade se impõe.
Temos recebido essa mesma solidariedade [por parte] dos povos do mundo nos momentos mais críticos de nossa história. Frente a essa infâmia, não tem sido diferente e em poucas horas o reafirmaremos.
Nestes 1º e 2 de novembro Cuba apresentará ante as Nações Unidas uma resolução que reivindica o cessar do genocida bloqueio contra nosso povo. Pela 31ª ocasião, a comunidade internacional denunciará e tomará partido por acabar com o cerco mais longo, impiedoso, ilegal e vergonhoso que a humanidade conhece.
O clamor universal de respeito aos cubanos e ao direito internacional vai acompanhado da eliminação de todas as sanções unilaterais e o bloqueio imposto há sei décadas.
Qual dinossauro da política, nunca deveria existir um amálgama de leis esclerosadas no ódio contra todo um povo. É hora de terminar de uma vez por todas com a infâmia; pela justiça, por Cuba e por um mundo melhor, que ainda é possível.
(*) Por Luis López González, em 1º novembro 2023. Tradução > Joaquim Lisboa Neto
Biblioteca Campesina, domingo 5, novembro 2023.
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(*) Joaquim Lisboa Neto, coordenador na Biblioteca Campesina, em Santa Maria da Vitória, Bahia; ativista político de esquerda, militante em prol da soberania nacional.
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