Indagado se teria se arrependido de ter dado a cadeirada em Marçal, Datena foi enfático: “claro que não”
Após protagonizar a cadeirada em Pablo Marçal (PRTB) e ser expulso do debate da TV Cultura, José Luiz Datena (PSDB) afirmou que não se arrependeu e que a agressão foi uma “satisfação” à sogra que, segundo ele, teria morrido em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) provocado pelas acusações de assédio usadas pelo ex-coach contra ele – e que foram arquivadas.
“Minha sogra morreu depois dessas acusações, durante esse período que todos nós, da nossa família, sofremos. Ninguém suporta isso. Achei que devia uma satisfação a ela por ter sido acusado por um canalha desses”, disse Datena.
Indagado se teria se arrependido de ter dado a cadeirada em Marçal, Datena foi enfático: “claro que não”.
Aos jornalistas, no entanto, o apresentador da Band disse que “infelizmente, eu perdi a cabeça”, mas justificou a agressão como uma “reação humana” às reiteradas provocações de Marçal.
“Tive que responder por uma coisa que eu não devia, não devo, e que eu não cometi, jamais cometi, uma barbaridade dessa contra a mulher, em momento nenhum e jamais cometeria. Eu dou minha palavra de honra. A partir do momento que eu me senti agredido ali, eu vi a figura da minha sogra, que, repito, morreu por causa disso, e infelizmente eu perdi a cabeça. Não devia ter perdido? Acredito que não. Poderia ter simplesmente saído do debate e ido embora pra casa, que era muito melhor. Mas, do mesmo jeito que eu choro como uma reação humana, essa foi uma reação humana que eu não pude conte”, afirmou.
Café
Em meio ao tumulto após a cadeirada, Datena afirmou que Marçal havia mandado uma mensagem pedindo desculpas pela provação feita no debate anterior, na TV Gazeta, e pedido um café para selar a paz com ele.
Após ser expulso, o apresentador tucano explicou o que aconteceu e o motivo da revolta.
“Ele pediu perdão várias vezes na mensagem. Disse que a gente parecia animais expostos ao zoológico”, contou Datena.
“A partir dali ele propunha que a coisa fosse civilizada, dentro de um processo democrático. Eu disse: se esses são os termos, para mim tudo bem”.
O apresentador diz ainda que um assessor de Marçal, chamado Wilson, teria ligado para ele propondo um café com o ex-coach antes do debate. Mas, que recusou dizendo que ele teria provar a proposta durante o debate.