Declaração aborda a complexa situação internacional, destacando que apenas 17% das metas de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão no caminho certo
A Declaração dos Líderes do G20, divulgada nesta segunda-feira (18) durante a cúpula do bloco no Rio de Janeiro-RJ, enfatiza os principais desafios globais e as ações necessárias para promover um crescimento sustentável, inclusivo e equilibrado. Reunidos na cidade que simboliza o início da Agenda de Desenvolvimento Sustentável, os líderes reafirmaram seu compromisso em construir um mundo sem fome e um planeta sustentável, sem deixar ninguém para trás, através de medidas como a taxação dos super-ricos.
A declaração aborda a complexa situação internacional, destacando que apenas 17% das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão no caminho certo, com quase metade apresentando progresso mínimo ou moderado e mais de um terço estagnado ou em retrocesso. Nesse contexto, o G20 reconhece que a desigualdade, tanto dentro quanto entre os países, é uma das causas fundamentais dos desafios globais, exacerbando crises geopolíticas, socioeconômicas e climáticas. Os líderes comprometeram-se a acelerar os esforços para alcançar os ODS, priorizando medidas justas, sustentáveis e economicamente sólidas. Para combater a desigualdade, foram destacadas ações como a promoção de sistemas tributários mais progressivos e o fortalecimento da inclusão financeira, além de iniciativas para garantir que as políticas de desenvolvimento sejam adaptadas às circunstâncias de cada país.
A sustentabilidade ambiental também foi amplamente abordada. Os líderes reiteraram o compromisso com o Acordo de Paris e com a transição para energias limpas e renováveis, enfatizando a necessidade de esforços urgentes para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. A declaração destacou a importância de investir em soluções baseadas na natureza, fortalecer a resiliência climática e adotar práticas que assegurem o uso sustentável dos recursos naturais. A bioeconomia e a economia circular foram mencionadas como caminhos fundamentais para um futuro sustentável, ao lado da necessidade de erradicar a poluição por plásticos e proteger a biodiversidade.
A declaração também menciona os impactos da guerra na Ucrânia, ressaltando o sofrimento humano e as consequências negativas sobre a segurança alimentar e energética global, as cadeias de suprimentos, a estabilidade macroeconômica e o crescimento. Os líderes destacaram a importância de iniciativas construtivas para promover uma paz duradoura e justa, em consonância com os princípios da Carta da ONU. Além disso, reforçaram o compromisso com a segurança nuclear, reafirmando a necessidade de um mundo livre de armas nucleares e enfatizando a importância de prevenir a proliferação nuclear.
Os líderes também expressaram profunda preocupação com a situação humanitária na Faixa de Gaza e a escalada no Líbano, destacando a urgência de ampliar a assistência humanitária e proteger os civis. Por fim, defenderam a solução de dois Estados, garantindo os direitos do povo palestino e promovendo a paz na região.