Depois da África, China aumenta influência no Oriente Médio

O presidente palestino Mahmoud Abbas encerrou sua visita de 4 dias à China nesta sexta-feira, que confirma os esforços chineses em aprofundar relações com os países árabes. Em março, o governo de Xi Jinping intermediou a reaproximação entre a Arábia Saudita e o Irã. Este ano marca o 35º aniversário das relações diplomáticas China-Palestina.

Na África, investimentos em infraestrutura foram o cartão de visitas da China. No Oriente Médio, está sendo colocada em prática a nova visão de política externa chinesa, que reflete a maior presença do país no cenário mundial.

Não que a região não tenha importância econômica. A China é o maior parceiro comercial dos países árabes, e o volume de trocas entre os 2 lados chegou a US$ 430 bilhões em 2022, um aumento de 31% em relação a 2021.

Nos últimos anos, a China assinou documentos de cooperação do Cinturão e Rota com 21 países árabes e a Liga Árabe. Juntos, eles implementaram mais de 200 projetos de cooperação em larga escala em vários campos, incluindo energia e infraestrutura.

Xi Jinping apresentou uma proposta de 3 pontos para a solução da questão palestina. “A visita de Abbas à China indica que o mundo árabe saúda a participação ativa e influente da China na causa palestina”, disse o secretário-geral adjunto para Assuntos Palestinos e Territórios Árabes Ocupados da Liga Árabe, Saeed Abu Ali.

Gates e Xi

Saiu Abbas, entrou Bill Gates. O fundador da Microsoft discutiu com Xi Jinping o progresso da cooperação com a China e sua visão para o futuro. Gates observou que a China obteve conquistas notáveis na redução da pobreza.

Nos últimos anos, a cooperação da Fundação Gates com a China fez progressos notáveis, e acelerar a inovação e o desenvolvimento na China é bom para o país, para os países em desenvolvimento e para o mundo, ressaltou Bill Gates.