Estudo da Oxfam mostra como a desigualdade se reflete no consumo e na poluição, que afeta mais os mais pobres
O 1% mais rico do mundo – 77 milhões de pessoas – emite a mesma quantidade de poluição que os 66% mais pobres, ou 5 bilhões de habitantes do planeta. O relatório “Igualdade Climática: Um Planeta para os 99%”, lançado nesta segunda-feira pela Oxfam, mostra como a desigualdade se reflete no consumo dos recursos do mundo.
Apenas os 12 multibilionários mais ricos do mundo produzem mais emissões de gases com efeito de estufa provenientes dos seus iates, jatos, mansões e investimentos financeiros do que as emissões anuais de energia de 2 milhões de casas, revela o jornal britânico The Guardian, que participou da elaboração do relatório com a Oxfam.
Esses 12 multibilionários são: Carlos Slim (América Móvil); Bill Gates (Microsoft); Jeff Bezos (Amazon); Larry Page e Sergey Brin (Google); Bernard Arnault (LVMH); Michel Dell (Dell); Roman Abramovich (bilionário de origem russa); Larry Ellison (Oracle); Elon Musk (Tesla); Eric Schmidt (Alphabet); e Laurene Powell (viúva de Steve Jobs, Apple).
Os governos podem enfrentar as crises das desigualdades tributando os super-ricos, investindo em serviços públicos e cumprindo as metas climáticas. A Oxfam calcula que um imposto de 60% sobre a renda do 1% mais rico do mundo reduziria as emissões globais e arrecadaria US$ 6,4 trilhões.
Um imposto de 2% sobre a riqueza dos milionários, de 3% sobre aqueles com riqueza superior a US$ 50 milhões e de 5% sobre os bilionários do mundo geraria US$ 1,726 trilhão.
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O impacto da crise climática é desigual, atingindo mais pessoas que vivem na pobreza, especialmente nos países do Sul Global. E esse impacto está agravando a desigualdade entre e dentro dos países, ifnorma a Oxfam.
“É inaceitável que o 1% mais rico continue liderando o mundo ladeira abaixo para um colapso planetário. E quem vem sofrendo o impacto dos danos dessa viagem é a maioria da população. São as bilhões de pessoas impactadas por enchentes, secas, perdas de território, aquecimento e baixa de temperatura desproporcional, problemas de saúde e pobreza”, afirma Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil.
“Durante anos a sociedade e a academia lutam para acabar com a era dos combustíveis fósseis para salvar milhões de vidas e nosso planeta. Está mais nítido do que nunca que isso será impossível enquanto houver riqueza extrema no mundo e enquanto os governos não cumprirem seus compromissos com uma sociedade sustentável”, completou Katia.
O relatório “Igualdade Climática: Um Planeta para os 99%” foi elaborado com dados do Stockholm Environment Institute – SEI (Instituto Ambiental de Estocolmo) e avalia os dados nacionais de emissões de consumo para 196 países de 1990 a 2019, do Global Carbon Atlas (Atlas Global de Carbono), que cobre quase 99% das emissões globais. Os dados de renda nacional e os números populacionais foram obtidos do Penn World Table (PWT) e do Banco Mundial.
“É preciso fazer a conexão entre o excesso de riqueza e o colapso climático. Está passando da hora dos super-ricos serem taxados mundialmente. Essa é uma forma de levantar recursos para enfrentar de maneira mais eficaz as mudanças climáticas e as desigualdades. E a sociedade deve se mobilizar e pressionar os governos para que essa taxação ocorra”, finaliza Katia Maia.
(*) Por Marcos de Oliveira, jornalista, formado pela ECO/UFRJ, é diretor de Redação do Monitor Mercantil e conselheiro da Câmara de Intercâmbio Cultural Brasil-China.
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