Em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (28), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou sua renúncia ao cargo. Leite também afirmou que vai continuar no PSDB e que se coloca à disposição do partido em torno da construção de um nome capaz de representar um projeto nacional.
A partir da renúncia (oficialmente Leite deixará o cargo no dia 2 de abril, data limite permitida pela Justiça Eleitoral para ter a possibilidade de concorrer à presidência da República), Leite se torna apto a pleitear qualquer cargo nas próximas eleições. Caso optasse pela reeleição ao governo do Estado, ele poderia ter se mantido no Palácio Piratini. Leite fez questão de salientar diversas vezes que agora nenhuma das possibilidades estão descartadas.
Questionado sobre suas pretensões políticas, Leite não foi taxativo ao afirmar que disputaria o cargo de presidente do país, mas salientou que deseja contribuir nacionalmente e que também atende ao chamado de grupo político do PSDB para esse debate. “Minha aspiração é contribuir com o projeto nacional”, disse.
O PSDB decidiu nas prévias realizadas em novembro do ano passado que João Doria, atual governador de São Paulo, seria o candidato à Presidência da República pelo partido. Doria venceu as prévias com 53,99% dos votos, superando Leite, que teve 44,66% na votação.
Para Eduardo Leite, as prévias foram uma formalidade cumprida, mas que não são determinantes. “Prévias não são absolutas, as prévias não esgotam o debate”, destacou. Ele ressaltou ainda a necessidade de construir a unidade em torno de um nome que possa representar melhor a chance de vitória. “Vai ser a primeira via que vai romper com a polarização entre esquerda e direita”, defendeu.
No entanto, ele também não quis estipular um prazo para uma definição sobre uma eventual candidatura à presidência, o que poderia ocorrer na época das convenções partidárias, que podem ser realizadas entre 20 de julho e 5 de agosto. Ainda de acordo com Leite, sua tarefa agora é a coordenação política em busca de convergência em nível nacional.
Com a renúncia, o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, que acumula a função de secretário da Segurança Pública, assume o comando do governo gaúcho. Ele também é o pré-candidato a governador pelo PSDB com apoio de Eduardo Leite.
Leite disse ainda que o governo continua funcionando a pleno vapor e que tem total confiança em sair e deixar tudo funcionando sob o comando de Ranolfo. “Me dói deixar o governo no momento em que estamos começando a fazer entregas, agora que vem o período de colheitas”, disse.
Oposição
Deputados de esquerda na Assembleia Legislativa do RS se manifestaram oficialmente e nas redes sociais sobre a renúncia do governador.
Para a deputada estadual Luciana Genro (PSOL), com a renúncia, o governador Leite “confirma que usou o Rio Grande do Sul como laboratório para suas políticas neoliberais e vitrine para sua ambição nacional”, escreveu nas suas redes sociais. “Com Leite ou Doria, o projeto antipopular do PSDB é o mesmo e será por nós denunciado e combatido!”, escreveu no Twitter.
Luciana ainda elencou uma série de problemas que afligem o estado e a população gaúcha como legado do atual governo. “Escolas caindo aos pedaços, crise no IPE Saúde, salários congelados no funcionalismo, desmonte ambiental, confisco em aposentadorias de professores e brigadianos, privatização da CEEE com péssimos resultados… Esse é o legado que Eduardo Leite deixa no RS e quer levar ao país”, escreveu a parlamentar.
Em nota conjunta da Bancada Estadual e da Executiva do PT/RS, o partido destaca que a renúncia do governador Eduardo Leite formaliza “algo que, na prática, já faz quase um ano que aconteceu, desde que sua prioridade passou a ser a construção da pré-candidatura presidencial, relegando o Estado a um plano B”. A nota ressalta que Leite é o primeiro governador eleito, desde a redemocratização do país, que renuncia sem ser candidato oficial a outro cargo.
“Mesmo derrotado nas prévias do PSDB, Eduardo Leite seguiu a busca pela candidatura presidencial, cogitando até mesmo trocar de legenda partidária. Enquanto isso, a agricultura gaúcha enfrentou mais uma estiagem sem que o governo do Estado prestasse o devido socorro ao campo para mitigar os prejuízos e as perdas de milhares de famílias. Preocupado em “vender-se” como candidato, centrou sua agenda em anúncios marqueteiros, como o do superávit das finanças, que não parou de pé por muito tempo, como vimos recentemente com a denúncia dos hospitais prestes a se descredenciarem do IPE Saúde, por atraso nos repasses do governo”, diz ainda a nota.
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