Os índices da avaliação da educação (IDEB, ensino médio) não alcançaram a meta de 5,0 pontos, com a média de 4,2. Isto mostra que a educação precisa melhorar, com mais recursos, pessoal e condições. Na contramão, a proposta do Governo Bolsonaro é de cortar ou reduzir o orçamento do Ministério da Educação (MEC).
A Proposta de Orçamento para 2021 (PLOA) previa mais dinheiro para a Defesa que para a educação. Houve forte reação de parlamentares e da sociedade. Para o MEC ficaram R$ 144,5 bilhões– R$ 2 bilhões a mais do que em 2020, mas a maior parte é para as despesas obrigatórias, como salários.
As universidades vão ter dificuldades em pagar as contas de água, limpeza, serviços, assistência estudantil e ainda estão condicionadas à liberação por parlamentares. Para a assistência estudantil houve queda de 18% e para investimentos a queda foi de 15%, segundo as Associações Docentes. Além de cortar recursos, Bolsonaro desrespeita a democracia na escolha de reitores, pois as universidades enviam à Presidência os três nomes mais votados.
educação não é prioridade
O primeiro da lista é quem ganhou a eleição entre estudantes, docentes e técnicos. Sua escolha é respeito à vontade da maioria e à autonomia universitária. Conforme levantamento do M Dados, em 19 de setembro, Bolsonaro recebeu 38 listas tríplices, com os candidatos por ordem decrescente de votação. Tomou decisão em 26 delas e não respeitou o nome vencedor em nove. Isto pode acontecer na UnB, onde a primeira colocada teve 54% dos votos. Em uma universidade, o nomeado nem sequer fazia parte dos indicados pela comunidade acadêmica. É o autoritarismo deslavado.