A Fundação Theatro São Pedro, na capital gaúcha, demitiu 32 trabalhadores. A notícia pegou todos os trabalhadores de surpresa, principalmente em meio à Pandemia. Técnicos e quadros operacionais foram desligados no dia 7. Os profissionais eram contratados pela Associação dos Amigos do Theatro São Pedro. Diretor do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do RS (SATED/RS) Fábio Cunha destaca que a direção poderia tomado outras providências para evitar as demissões. “Já tem muitos artistas e técnicos passando fome. Somos o único setor proibido de abrir e voltar.
O ex-governador do Rio Grande do Sul Olívio Dutra considera “as demissões um erro, um desprezo à cultura e uma desumanidade, em tempos de Pandemia com esses trabalhadores. Sou contra essa política, sou solidário e apoio integralmente a luta dos trabalhadores do Theatro São Pedro”.
Ainda, segundo nota da entidade, “a possibilidade legal de renovação desse contrato terceirizado se esgotou, por ter alcançado o prazo máximo permitido pela atual legislação à qual essa Fundação é submetida”.
Antônio Hohlfeldt, presidente da Fundação Theatro São Pedro, assegura que os desligamentos não têm relação direta com a crise gerada pela Pandemia. Disse que quando assumiu, em 2018, foi alertado sobre o fato da Associação Amigos do Theatro São Pedro, responsável pela contratação dos funcionários demitidos, não poder participar de processos de licitação e que isto era irregular. “Já empurramos por um ano, venceu em maio do ano passado. Conseguimos segurar por um ano”.
Carta de repúdio assinada por trabalhadores da cultura, e a classe artística foi enviada ao governador, responsável pela indicação da presidência da Fundação Theatro São Pedro.
Foto de Alina Souza/Palácio Piratini – Fachada do Theatro São Pedro