Oficiais de Justiça do Rio Grande do Sul realizam vigília contra a desigualdade salarial no Poder Judiciário e alertam que a Justiça pode parar sem combustível. Abojeris chama a atenção da população e das autoridades para a falta de isonomia no tratamento entre os magistrados e demais servidores e reivindica a reposição de perdas salariais e o reajuste do auxílio-condução
Os servidores do Judiciário estão em vigília em frente ao Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) para pedir reposição salarial e maior isonomia no tratamento entre as categorias. Com salários congelados há oito anos, os servidores pleiteiam a revisão da matriz salarial e os oficiais de justiça, especificamente, buscam ainda o reajuste do auxílio-condução, que também está congelado desde 2014.
Para atender às diligências do Judiciário, os oficiais de justiça trabalham com veículo próprio e recebem uma verba mensal para manutenção e abastecimento do veículo. Porém, de acordo com a Associação dos Oficiais de Justiça do TJRS (Abojeris), o valor não é atualizado desde novembro de 2014 quando a gasolina custava R$ 2,90. “Atualmente o preço da gasolina já chegou a mais de R$ 6,00 sendo que os oficiais de justiça trabalham cumprindo, no mínimo, a mesma carga de trabalho para levar a justiça até a população, pagando hoje mais que o dobro do valor do combustível de oito anos atrás”, ilustra o vice-presidente da Abojeris, Valdir Bueira. “E não é só o combustível, tem a manutenção do carro, troca de pneus, óleo, pedágios, IPVA, seguro, estacionamento, etc. Tudo isso deveria sair deste auxílio que está congelado há oito anos”, complementa. O resultado é que os servidores têm que retirar do seu salário, também defasado há oito anos, o complemento para estes custos. O que coloca o próprio judiciário em risco de parar.
Para alertar sobre o problema, a Abojeris está promovendo a ação com o mote “Buzine contra a desigualdade.” Esta ação faz parte da campanha “Desigualdade: quando ela aumenta a justiça diminui”, que foi lançada em conjunto com o Sindjus RS. O objetivo da mobilização dos servidores é também chamar a atenção da população, das autoridades e do próprio Tribunal de Justiça para o tratamento desigual entre juízes e demais servidores.
Nos últimos anos foram inúmeras tentativas junto à administração do TJ a fim de chegar num consenso para a reposição das perdas salariais sem sucesso para a categoria. Como o recurso para o pagamento de reposição salarial para os trabalhadores do Judiciário tem a mesma origem para atender a demanda da magistratura, os servidores temem ser, mais uma vez, preteridos em detrimento do atendimento das demandas encaminhadas pelos juízes, que, recentemente foram agraciados com uma gratificação mensal pelo acúmulo de processos analisados que gira entre R$ 8 mil a R$ 10 mil. Só o valor desta gratificação percebida pelos magistrados representa mais do que o salário mensal de boa parte dos demais servidores do Tribunal de Justiça do Estado. “Este tratamento que a administração do TJ está concedendo aos trabalhadores em relação aos juízes é desigual porque contempla mais para um lado do que para outro”, explica a diretora da Abojeris, Helena Veiga Müller.
A vigília dos servidores da Justiça ocorre até a próxima sexta-feira (22), das 12h às 19h, em frente ao Tribunal de Justiça do RS (Av. Borges de Medeiros, 1565) com intervenções urbanas programadas. As ações em que os oficiais de justiça convidam os motoristas a buzinar contra o aumento da desigualdade no TJRS ocorrem das 14h às 14h30 e das 16h às 16h30.
Para não deixar a população desassistida dos serviços, a participação dos oficiais de justiça na mobilização ocorre por regiões. A cada dia, trabalhadores de duas regiões estarão presentes na vigília, conversando com a população e distribuindo material informativo da campanha.
*Foto: Divulgação/Abojeris
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