O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) ao Palácio do Planalto, condenou a violência eleitoral na pré-campanha.
Citando o assassinato de Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu (PR), Lula afirmou que “estão tentando fazer das eleições uma guerra”.As declarações foram dadas durante evento no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, nesta quarta-feira (13/7).
“Não tem nenhum sinal ou história de violência nas campanhas que eu participei. Mesmo quando perdi para o Collor, não tive encrenca. Voltei para casa cada vez que eu perdia, lamentava e me preparava para as próximas eleições. Nunca falei de violência em campanha”, frisou, citando que participa de campanhas desde 1982.”
Para o líder petista, o assassinato foi causado pela postura do presidente Jair Bolsonaro (PL). “O PT polariza nas eleições para presidente desde 1994 e isso nunca aconteceu”, ponderou.
“Se o Bolsonaro quiser visitar todas as pessoas que ele foi responsável pela morte, ele terá que fazer muita viagem”, frisou se referindo às mais de 650 mil vítimas da Covid-19 no Brasil.
O presidente falou aos familiares de Arruda que a esquerda está tentando botar a culpa do assassinato em seu colo e convidou a família para uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (15/7).Os irmãos de Arruda,que são apoiadores do presidente, não deixaram claro se irão aceitar o convite, mas afirmaram a Bolsonaro que não querem que o caso seja explorado politicamente.
“A ideia é ter uma coletiva com a imprensa para vocês falarem a verdade, não é a esquerda ou a direita. A imprensa está tentando desgastar o meu governo”, disse o presidente para a família.
Críticas a Bolsonaro
Lula subiu o tom contra Bolsonaro e afirmou que o presidente é uma pessoa “desumana”.“É uma pessoa desumana, do mal, que não tem compaixão. Não tem massa encefálica boa na sua cabeça”, disparou.
Segundo Lula, se ele for eleito, receberá o país em situação pior do que na passagem de faixa com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).O ato foi acompanhado por movimentos sociais e sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Políticos do Distrito Federal também estiveram no evento.
“Não quero ninguém brigando, ninguém aceitando provocação. É o que temos que fazer nos próximos três meses, são três meses que vamos multiplicar o povo nas ruas”, disse o ex-presidente sobre brigas políticas.
“Vamos continuar nossos atos públicos. Mas teremos que dar lição de moral que nem o Gandhi deu para libertar a Índia da Inglaterra. Nós não precisamos brigar, nossa arma é nossa tranquilidade, é o amor que temos entre nós, é a sede que temos de mudar a vida do povo brasileiro”, declarou o petista.
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