MD russo diz que o governo dos Estados Unidos utiliza mais de 20 organizações sem fins lucrativos (ONGs) para esconder os clientes e os objetivos dos seus projetos biológicos, declarou o chefe da Proteção Radioativa, Química e Biológica das Forças Armadas russas, Igor Kirilov.
“Só em um ano foram gastas somas suficientes para financiar a participação de pelo menos 80 empresas”, afirmou o tenente-coronel russo. Ainda segundo as investigações do Ministério da Defesa russo, os laboratórios estão localizados, em sua maioria, em países do Oriente Médio, Sudeste Asiático, África e Ucrânia.
Dentre as principais identificadas que atuam no ramo estão a Metabiota, CH2M Hill e a EcoHealth Alliance.
O Ministério da Defesa ainda divulgou uma lista com os representantes das principais agências governamentais e empresas privadas dos EUA e da Ucrânia envolvidas na realização de pesquisas químicas de dupla utilização, se referindo a estudos e tecnologias que podem ser usados tanto em contextos militares quanto civis.
Thomas Wohl, vice-presidente e representante oficial da empresa de engenharia Black & Veatch na Ucrânia, que supervisionou a implementação do sistema eletrônico PAX para gestão e controle de agentes e materiais biológicos.
Kevin Olival, vice-presidente de pesquisa da Eco-Health Alliance, que esteve diretamente envolvido na execução de projetos do Departamento de Defesa dos EUA sobre doenças zoonóticas transmitidas por morcegos.
Mikhail Usati, vice-chefe do Departamento Sanitário e Epidemiológico das Forças Armadas ucranianas, que desde 2018 supervisiona a organização do trabalho no âmbito dos projetos DITRA na Ucrânia.
Tetiana Kiriazova, Diretora Executiva do Instituto Ucraniano de Políticas de Saúde Pública. Ele supervisionou pesquisas conjuntas sobre patógenos com os EUA, com base no Instituto Ucraniano de Pesquisa Antipestes Mechnikov, em Odessa.
Portanto, observa Kirilov, “há muitas questões sobre as atividades biológico-militares dos EUA na Ucrânia e elas estão se tornando mais numerosas”.
A Rússia reiterou repetidamente que os Estados Unidos, sob o pretexto de desenvolver sistemas de segurança em laboratórios, têm desenvolvido armas biológicas em território ucraniano, onde alguns dos vestígios foram parcialmente destruídos em 24 de fevereiro de 2022, dia em que começou a operação militar especial russa.
Igor Kirilov ainda destacou que “os esforços russos para divulgar as atividades biológicas militares ilegais dos EUA forçaram Washington a retirar as pesquisas de dupla utilização dos países africanos”. Ao mesmo tempo, o oficial militar indicou que o Instituto de Pesquisa de Doenças Infecciosas do Exército dos EUA possui amostras vivas do vírus Ebola “contrabandeadas” da África.
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