Deputado do Rio foi indicado pelo governo Lula para assumir a presidência da Embratur. No novo partido, Freixo quer fortalecer o trabalho de base
O deputado federal Marcelo Freixo anunciou sua filiação ao PT e a saída do PSB. A decisão de Freixo busca ampliar sua atuação política. “Preciso estar num lugar que tenha construção partidária, coisa que não teve no PSB. Um lugar que tenha trabalho de base. Era o que eu queria fazer no PSB, mas não foi possível, não era esse o projeto”, afirma Freixo, segundo o jornal O Globo. “Minha conversa com o PT é para fazer esse processo de formação política e construir uma frente democrática ampla liderada pelo partido onde eu possa ajudar”, diz ainda.
A saída do PSB se dá após seis meses de filiação ao partido. Sob a sigla, Freixo disputou a eleição para governo do Rio de Janeiro, em outubro, vencida pelo então candidato Cláudio Castro (PL). Durante a transição do governo Lula, Freixo foi escolhido para presidir a Embratur, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo.
Freixo vislumbra o PT como único partido capaz de liderar alianças para derrotar o bolsonarismo nas próximas eleições. Ele entregou sua carta de desfiliação pessoalmente ao presidente do PSB, Carlos Siqueira, no dia 30 de dezembro, após o anúncio da escalação final da Esplanada dos Ministérios do governo Lula.
Ele diz que a decisão para deixar o partido se deu ainda após a derrota na disputa para o governo do Rio. Porém, para não passar a imagem de que estaria indo para o PT para “ganhar ministério”, decidiu esperar a transição ser concluída.
O parlamentar aponta que uma série de “erros”, em sua avaliação, que motivaram sua saída do ex-partido. Entre eles, está a decisão do PSB de não entrar na federação com o PT. A essa escolha ele atribui o encolhimento expressivo da bancada da sigla na Câmara, que vai cair de 32 para 14 deputados em 2023.
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Marcelo Freixo cita ainda como motivo a postura do agora ex-correligionário, Alessandro Molon, que preside o PSB no Rio. Disputando o protagonismo na esquerda fluminense, eles vivem em clima de “guerra fria” há anos, segundo o jornal carioca.
O Ministério do Turismo, pasta que era visada por ele, acabou indo para Daniela Carneiro (União), nome de um partido fora da aliança de campanha do PT. O deputado diz entender que a divisão dos cargos faz parte da composição partidária que dará sustentação ao governo Lula. A Embratur, que irá chefiar, fica vinculada ao Turismo.
Da RBA com informações de O Globo
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