Ministros conversaram sobre guerra na Ucrânia, inteligência artificial e comércio internacional
O ministro da Economia da Itália, Giancarlo Giorgetti, destacou nesta quinta-feira (25/07) que a proposta brasileira para a criação de um imposto contra os chamados super-ricos está “estreitamente conectada” com os objetivos do G20 em termos de taxação internacional.
No entanto, ressaltou que, sem um acordo multilateral, será difícil “administrar” essa questão e desejou a “superação das dificuldades”, inclusive no âmbito das Nações Unidas.
As declarações foram proferidas à margem da cúpula ministerial do G20, no Rio de Janeiro, em evento onde ministros da Economia e presidentes de bancos centrais do G7 se reuniram para discutir temas como o apoio à Ucrânia, inteligência artificial, fragmentação geoeconômica e taxação contra os superrricos.
A reunião foi presidida pelo ministro Giorgetti, que lidera o grupo das sete potências em 2024, e pelo chefe do Banco Central italiano, Fabio Panetta.
Durante o encontro, que contou com a participação por videoconferência do ministro das Finanças da Ucrânia, Sergii Marchenko, o G7 reiterou o apoio a Kiev “pelo tempo que for necessário”, ao mesmo tempo em que Giorgetti reforçou a necessidade de que o país “se concentre na implantação de reformas”.
Os ministros também aprofundaram o tema da inteligência artificial e as “consequências e potencialidades” dessa tecnologia “em diversos setores”, sobretudo os macroeconômicos e como “instrumento útil para a sustentabilidade e estabilidade financeira”. Os membros ainda concordaram em constituir um grupo de especialistas para avaliar a influência da inteligência artificial e os possíveis riscos em variados âmbitos de aplicação.
As potências também defenderam a necessidade de evitar ações unilaterais para proteger o comércio internacional, especialmente diante da enorme capacidade industrial da China. “inclusive em setores de importância estratégica”.
No Rio de Janeiro, Giorgetti e Panetta se reuniram com o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, e a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, para abordar, entre outros temas, o chamado “Plano Mattei”, iniciativa italiana para impulsionar o desenvolvimento da África.
(*) Opera Mundi com Ansa