Identificação de possíveis habitats do caranguejo ameaçado de extinção ajudará a unidade a receber projeto de restauração florestal, beneficiando comunidades pesqueiras
Na última quinta-feira (26/09), a equipe da Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio São João/Mico-leão-dourado, em atividade conjunta com catadores de Guaiamum e pesquisadores, realizou atividade de prospecção de áreas para restauração florestal. O objetivo da atividade foi identificar áreas aptas a receber projeto de restauração florestal que tivessem potencial como habitat da espécie ameaçada Cardisoma guanhumi , o Guaiamum.
Além de ser uma espécie ameaçada, o Guaiamum também é um recurso de subsistência de comunidades pesqueiras, podendo ser explorado de forma sustentável, de acordo com um Plano de Gestão Local (PGL) para a espécie. A recuperação do habitat da espécie é uma das diretrizes mais importantes do PGL do guaiamum da APA da Bacia do Rio São João/Mico-leão-dourado.
Participaram do trabalho, além dos servidores do Instituto Chico Mendes, pescadores da Associação dos Catadores, Pescadores e Aquicultores do Chavão, de Cabo Frio, e pesquisadores do Instituto Vorá (Projeto Guaiamum).
O envolvimento dos catadores é fundamental para identificação de habitat potencial, em razão do conhecimento que acumulam sobre os hábitos e características da espécie que capturam. Além disso, a participação comunitária na atividade aumenta as chances de que a restauração seja bem-sucedida, especialmente entre áreas que costumam sofrer os efeitos de queimadas.
A implementação do PGL do Guaiamum na APA vem sendo apoiada pelo FUNBIO, através do projeto Apoio a UCs, uma medida compensatória estabelecida pelo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) de responsabilidade da empresa PRIO, conduzido pelo Ministério Público Federal – MPF/RJ. A APA da Bacia do Rio São João/Mico-leão-dourado faz parte do Núcleo de Gestão Integrada do ICMBio Mico-leão-dourado.