China responde por quase 30% da manufatura global; em 2005, era 40% menor que indústria dos EUA
A participação da China em valor adicionado na indústria manufatureira global, em 2023, era superior à soma das 4 potências industriais seguintes – EUA, Japão, Alemanha e Índia, que juntos responderam por 29,5% do setor no mundo. É uma situação bem diferente daquela de 2005, quando a China (13,2%) aparecia em segundo lugar no ranking e possuía uma participação 40% menor do que a dos EUA (22,6%), então potência líder.
A observação foi feita pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) a partir da última edição do International Yearbook of Industrial Statistics, divulgada recentemente pela Unido. Em 2023, o valor adicionado da indústria total mundial representou 21,3% do PIB global, totalizando US$ 19,7 trilhões a preços constantes de 2015.
No que diz respeito apenas à indústria manufatureira, os seus segmentos produziram um valor adicionado de US$ 15,5 trilhões no agregado mundial, respondendo por 78,6% do total da indústria total, ao passo que os setores de mineração e utilidades públicas completaram os 21,4% restantes.
O relatório da Unido destaca que as economias industriais exibiram tendência moderada de recuperação após a crise enfrentada pelas cadeias produtivas em razão da pandemia, explica o Iedi.
“A despeito do avanço de 2,4% da indústria global em 2023, em termos do seu valor adicionado, seu ritmo de crescimento seguiu inferior àquele apresentado pelo PIB global, que foi de 2,7%. As economias de renda média destacaram-se como um dos grupos mais dinâmicos em 2023 no que tange ao crescimento do valor adicionado da indústria, registrando taxas anuais de crescimento acima de 4%.”
“Por sua vez, as economias de baixa renda apresentaram um avanço de 3,2%. Ressalte-se que, neste grupo, o setor industrial expandiu-se a um ritmo superior ao do PIB, configurando-se como o único grupo de países a demonstrar tal desempenho”, destaca o Instituto.
As economias industriais de alta renda evidenciaram um crescimento mais moderado, ainda que positivo, e as economias de alta renda em industrialização constituíram-se no único grupo de países a enfrentar retração na produção industrial em 2023.
