Líderes da milícia de extrema direita Proud Boys são sentenciados a 18 e 10 anos de prisão por invasão ao Capitólio

Em 6 de janeiro de 2021, milhares de apoiantes republicanos se reuniram em Washington para tentar interromper a certificação do resultado das eleições, levando à invasão do Capitólio, sede do Congresso dos EUA. Os apoiadores de Trump, influenciados pelo ex-presidente, agiam com base na falsa alegação, promovida pelo próprio, de que tinha sido vítima de uma fraude eleitoral massiva.

Pouco mais de duas semanas antes de 6 de janeiro, os Proud Boys “conspiraram para impedir, dificultar e atrasar a certificação do voto do Colégio Eleitoral e para se oporem à força à autoridade do governo”, afirmou o Departamento de Justiça num comunicado.

Tanto Nordean quanto Pezzola expressaram pesar antes da sentença, com o primeiro, apelidado de chefe do “Ministério da Autodefesa” dos Proud Boys, culpando sua própria liderança. Mas minutos depois de ser condenado, Pezzola ergueu o punho e declarou:

— Trump venceu — segundo testemunhas presentes no tribunal.

Mais de 1.100 pessoas foram presas e acusadas no motim no Capitólio. Mais de metade recebeu sentenças, principalmente penas de prisão. Pelo menos cinco pessoas morreram como resultado do ataque e 140 policiais ficaram feridos.

Foto da capa: Manifestantes reunidos em frente ao Capitólio dos EUA. Protesto foi convocado pelas redes sociais, e tenta pressionar os republicanos para que apoiem a iniciativa do presidente para derrubar os resultados do Colégio Eleitoral — Foto: Samuel Corum / AFP