Itaú Unibanco, Bradesco e Santander somaram R$ 35,1 bilhões de lucro no primeiro semestre de 2024
Os três maiores bancos privados tradicionais do Brasil – Itaú Unibanco, Bradesco e Santander – somaram um lucro líquido recorrente gerencial de R$ 35,1 bilhões no primeiro semestre de 2024. O valor representa um aumento de 15,4% sobre os R$ 30,4 bilhões somados nos primeiros seis meses de 2023.
O Itaú obteve lucro líquido recorrente de R$ 19,843 bilhões no primeiro semestre deste ano. O Bradesco lucrou R$ 8,927 bilhões. O Santander alcançou R$ 6,353 bilhões. As ações Bradesco (BBDC4, que divulgou resultado na segunda-feira) e do Itaú (ITUB4) subiram 3,31% e 2,22%, respectivamente. A ação do Santander (SANB4) teve alta de 0,20%.
O último dos três a divulgar o resultado foi o Itaú, que apresentou seu desempenho no segundo trimestre de 2024 (2T24) nesta terça-feira, após o fechamento do mercado de ações. O banco obteve resultado recorrente gerencial de R$ 10,1 bilhões, com aumento de 3,1% sobre o 1T24.
O retorno recorrente gerencial sobre o patrimônio líquido foi de 22,4% no consolidado e de 23,6% nas operações no Brasil. A carteira de crédito avançou 5,9% no consolidado e 4,3% no Brasil. Excluindo a variação cambial, a carteira de crédito consolidada teria crescido 2,7% no trimestre e 7,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo o Itaú.
A carteira para pessoas físicas no Brasil cresceu 1,2% no trimestre e 3,2% em 12 meses. “A carteira de pessoas físicas tem sido impactada negativamente pela saída de risco de operações de clientes que destroem valor, sendo a carteira de cartões de crédito a mais afetada por esse movimento. Essa carteira permaneceu estável nesse trimestre”, analisou o banco.
Nos segmentos Uniclass e Personnalité, de renda mais alta, o crescimento foi de 3% no trimestre (elevação de 17% em relação ao ano anterior). No segundo trimestre, o Itaú destaca os crescimentos de 1,6% da carteira de crédito imobiliário e de 0,8% da carteira de crédito consignado. O crescimento da carteira de grandes empresas foi de 8,6% no trimestre, em função do aumento da demanda por crédito do segmento.
“O crescimento de crédito segue trazendo impacto positivo para a margem com clientes, assim como a maior margem com passivos em função do aumento do saldo das captações. Também tivemos aumento na margem financeira das operações na América Latina e maiores ganhos com operações estruturadas em nossas operações do Atacado. Esses movimentos levaram a um aumento de 1,7% na margem com clientes, que fechou o segundo trimestre em R$ 26,3 bilhões”, informa o banco.
As receitas de serviços e seguros cresceram 10,4% no segundo trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, impulsionadas, prioritariamente por quatro fatores: aumento do faturamento em emissão de cartões; aumento dos ganhos com administração de fundos e de consórcios; crescimento das receitas com assessoria econômico-financeira e corretagem; e maior resultado de seguros em função do aumento dos prêmios ganhos.
Jornalista, formado pela ECO/UFRJ, é diretor de Redação do Monitor Mercantil e conselheiro da Câmara de Intercâmbio Cultural Brasil-China