Lula discursa em apoio a Boulos e Marta em São Paulo (reprodução)
“Foi ele que tirou o trabalhador da escravidão e botou o trabalhador com férias, com jornada de trabalho. É por isso que a elite paulista nunca colocou o nome de Getúlio numa viela qualquer ou uma ponte qualquer”, destacou o presidente.
O presidente Lula esteve com Guilherme Boulos na manhã deste sábado em São Paulo em apoio à sua candidatura à prefeitura da capital. “Estamos vendo muita gente falar ‘vote em mim porque eu não sou da política’. Jânio Quadros e Collor diziam isso e não deu certo”, disse ele, acrescentando que “eu quero que o povo vote no Guilherme Boulos justamente porque ele é da política, tem partido e compromisso”.
Comício na Zona Sul de São Paulo
A declaração é uma crítica a aventureiros como Pablo Marçal, que tem se apresentado como mais um oportunista da política, mas que representam a parte mais criminosa e fascista da política. Jair Bolsonaro também tentava passar essa imagem, e já se sabe bem o que ele representa: o fascismo, a violência, a perseguição aos trabalhadores e um entreguismo desavergonhado do patrimônio público.
“Não apoiamos o Boulos por um favor, apoiamos porque precisamos que São Paulo tenha o melhor”, afirmou o presidente.
“Meu aniversário é no dia 6 de outubro, por registro. E no dia 27, dia do 2° turno, é meu aniversário de verdade. O povo de São Paulo pode me dar de presente o voto no Guilherme Boulos. E o Boulos pode contar comigo nos meus horários fora da presidência para fazer a sua campanha”, destacou.
“Embora eu seja pernambucano, devo muito do que sou na vida a São Paulo. Por isso, não estou apenas apoiando o Guilherme Boulos, estou trabalhando para ele ser o futuro prefeito. E digo a vocês que estão aqui nesse comício hoje: não podemos sair daqui achando que tudo já foi feito. Temos que sair daqui com o compromisso de conversar com vizinhos, no comércio, em cada lugar para eleger o Boulos. Porque ele vai melhorar a qualidade de vida das pessoas”, disse Lula.
Guilherme Boulos agradece o apoio de Lula (reprodução)
“O povo pobre quer estudar, ser engenheiro, doutor. E o papel de um governo é dar oportunidade de estudo. As crianças precisam aprender direitos humanos e cidadania nas escolas. Para que a nossa juventude aprenda a não ter preconceito, a tratar todos da mesma forma. E para termos uma sociedade em harmonia. E essa sociedade pode ser construída com a eleição do companheiro Boulos”, prosseguiu o presidente.
HOMENAGEM A GETÚLIO VARGAS
Em seu discurso, Lula homenageou o ex-presidente Getúlio Vargas. “Hoje está completando 70 anos da morte do presidente Getúlio Vargas que se matou em 24 de agosto de 1954”, lembrou.
“Aqui em SP não se fala muito do Getúlio porque a elite paulista nunca gostou do Getúlio, porque foi Getúlio que criou o salário mínimo, foi Getúlio que criou a CLT, foi ele que tirou o trabalhador da escravidão e botou o trabalhador com férias, com jornada de trabalho. É por isso que a elite paulista nunca colocou o nome de Getúlio numa viela qualquer ou uma ponte qualquer”, denunciou.
Assista a fala de Lula sobre Getúlio
“E eu que nasci no movimento sindical criticando Getúlio, hoje, com 78 anos de idade, posso dizer que existiram dois presidentes que cuidaram do social neste país: Getúlio Vargas e Luiz Inácio Lula da Silva”, acrescentou Lula.
“Getúlio não era operário, era advogado, dono de terra, mas ele foi o presidente que tirou o trabalhador da semiescravidão, criando a CLT, a jornada de trabalho para as mulheres e para os homens. Agora, aos 78 anos de idade eu posso dizer que eu e Getúlio fomos os que mais governamos o Brasil”.
“Getúlio criou a Petrobrás, criou a Eletrobrás, quer dizer, ele criou as coisas mais importantes desse país. Então, eu vim aqui prestar minha homenagem a Getúlio Vargas pelo que ele fez pela história desse país”, completou o presidente.