O levantamento mais recente do IBGE mostrou que o desemprego no Brasil está caindo substancialmente apenas seis meses depois do fim do governo Bolsonaro, enquanto a Petrobrás bate recordes de produção no Pré-Sal e de queda de preços de combustíveis como o diesel, que afetam o preço de todos os alimentos transportados por caminhão.
Segundo o IBGE, a taxa de desemprego apresentou uma queda “notável” no trimestre encerrado em junho, atingindo 8% – melhor resultado para esse trimestre desde 2014, no governo Dilma, quando foi registrado o índice de 6,9%.
A queda no desemprego reflete sobretudo confiança no futuro próximo, o que se deve aos avanços indiscutíveis registrados no governo Lula, mas também a cessação de tantos fatores negativos em ação nos dias sempre temíveis de Bolsonaro, com a invocação e ameaça permanente de tentativas golpistas, violência política e discurso de ódio.
Bastou a atitude pacificadora de Lula para que parte considerável do empresariado do setor produtivo da economia reconsiderasse pelo menos parte de seus temores em relação a um novo governo Lula e passasse a investir e empregar mais. Em partes do setor financeiro da economia, o do mercado de capitais, é que se concentraram as maiores resistências a medidas como a luta contra a taxa de juros imposta pelo Banco Central e como as ações do governo no campo social.
Essas resistências e sua repercussão na grande mídia conservadora alimentam uma espécie de irredentismo bolsonarista em grupos influenciados também pelo reacionarismo religioso que propaga o medo a supostos riscos aos “valores da família” – riscos que seriam inseparáveis de qualquer avanço civilizatório.
Por isso, cada bom resultado que o governo Lula alcança vem acompanhado de reações que não escondem o temor de novos bons resultados, entre eles a estabilidade política do governo e a possibilidade de ele chegar a seu termo com bons índices de apoio popular e afinal eleger o próximo governo (como aconteceu com as duas eleições de Dilma Rousseff).
Agora não é só o desemprego que está em queda, a inflação também está. E estão em alta as previsões de crescimento da economia neste ano e nos próximos e com elas as possibilidades da Petrobrás como indutora do pleno desenvolvimento do país.
A Petrobrás acaba de anunciar dois novos recordes, que assustam seus concorrentes multinacionais e aguçam seu apetite. Um foi o recorde de produção no Pré-Sal, 2,13 milhões de barris de óleo equivalente por dia em fevereiro e outro a média de 2,05 milhões de barris de óleo equivalente no primeiro trimestre do ano.
Só nestes seis meses sem Bolsonaro, entraram em operação a plataforma de produção Anna Nery, no campo de Marlim, na Bacia de Campos, e o navio-plataforma Almirante Barroso, no campo de Búzios, maior campo em águas profundas do mundo. Logo devem entrar em operação o navio-plataforma Anita Garibaldi, que já chegou a sua locação em Marlim e Voador, e Sepetiba, que já saiu do estaleiro rumo ao campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos.
Paralelamente, a Petrobrás anunciou que o volume de venda de gasolina no primeiro semestre de 2023 atingiu o maior patamar dos últimos seis anos para o período. Nesses seis meses, ela vendeu 424 mil barris por dia. Esse crescimento registrou um aumento de 15,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior e reflete a política de preços da Petrobrás, que abandonou a paridade de importação.
No caso da Petrobrás, tais avanços tornam necessário lembrar uma declaração recente de Donald Trump a respeito da Venezuela e das promissoras negociações entre as forças de oposição e o governo Maduro para normalizar a vida política do país. Trump declarou que, “se fosse com ele”, os Estados Unidos não comprariam petróleo venezuelano, mas tomariam à força “todo esse petróleo”. Naturalmente, esse “se fosse com ele” deve ser traduzido para “quando for ele”, certo como está (e dizem as pesquisas) que ele ganha a eleição de 2024.
Se for mesmo com ele, o que o Brasil e Lula podem esperar?
(*) Por José Augusto Ribeiro – jornalista e escritor. Publicou a trilogia A Era Vargas (2001); De Tiradentes a Tancredo, uma história das Constituições do Brasil (1987); Nossos Direitos na Nova Constituição (1988); e Curitiba, a Revolução Ecológica (1993); A História da Petrobrás (2023). Em 1979, realizou, com Neila Tavares, o curta-metragem Agosto 24, sobre a morte do presidente Vargas.
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