Na segunda-feira (13), quando o Distrito Federal atingia a marca de 72.284 casos confirmados de Covid-19 e 930 óbitos, a Secretaria de Educação do Distrito Federal apresentou o cronograma de retomada das atividades educacionais presenciais, com o retorno dos profissionais de educação para o início de agosto. De acordo com o calendário, o retorno começa com a testagem em massa dos profissionais da educação, de 3 a 14 de agosto.
Sem se importar com o boletim epidemiológico divulgado às 18h de segunda, que mostra um aumento de 1.572 casos novos em relação ao dia anterior, o GDF busca a todo instante a retomada das aulas, colocando em risco a vida dos professores com uma possível volta gradativa. Isso tudo sem apresentar nenhum estudo científico que possa garantir um mínimo de segurança a trabalhadores e estudantes.
Numa espécie de rodízio, voltam para às salas de aulas, a partir do dia 31 de agosto, os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), e da Educação Profissional. No dia 8 de setembro, o Ensino Médio, e no dia 14 de setembro, será a vez dos estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental, incluindo a Escola Parque da Cidade. Por fim, no dia 21 de setembro, voltam os anos iniciais, incluindo a Escola Meninos e Meninas do Parque.
Para a diretora do Sinpro Rosilene Corrêa, o momento é de planejamento, pois o controle da pandemia responderá sobre essa volta regressiva. “Quem vai definir o momento do retorno dos nossos profissionais da educação e estudantes, não será calendário, mas sim, as condições do momento, uma vez que estamos em meio à uma pandemia global”, afirma.
Diante do anúncio feito pela Secretaria de Educação, o Sinpro ressalta que nenhuma das escolas foram adaptadas para o retorno às aulas. As medidas anunciadas pelo governo há quase dois meses, até agora não foram colocadas em práticas, o que pode ser um grande risco para toda categoria, levando inclusive a contaminação em massa de estudantes e professores.