A manifestação foi realizada nesta segunda-feira, 29 de junho, no Bairro Agronomia, em Porto Alegre em frente à sede do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec). A empresa pública consta na lista para ser liquidada, após sua inclusão no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) pelo governo federal. Sua atuação se dá no segmento de semicondutores. É responsável por projetar, fabricar e comercializar circuitos integrados para diferentes aplicações, desde a identificação e rastreamento de produtos, medicamentos e animais. Está vinculada ao Ministério da Ciência, e Tecnologia e Comunicações (MCTIC).
Fundada em 2008, com apoio do governo estadual, da prefeitura, além de entidades empresariais como a Fiergs e a Federasul. Em manifesto, diversas entidades defenderam a não extinção da empresa. No documento ressaltam que a empresa comercializou mais de R$ 100 milhões no mercado privado e teve produtos certificados em nível internacional. O Brasil é um dos poucos países que não domina a cadeia de produção de circuitos integrados, lembra o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, João Batista Massena. Cita exemplos como China, Índia e Rússia que investem de forma pesada neste setor.
A Ceitec é a única empresa na América Latina que atua na fabricação de chips e semicondutores. Para o engenheiro, professor, ex-deputado estadual, Adão Villaverde, a extinção da Ceitec, é uma punhalada da estratégica 4.0 no Brasil”. Ele foi um dos principais articuladores da criação da empresa quando foi secretário de Ciência e Tecnologia na gestão do governador Olívio Dutra. A CUT-RS intensificou a campanha contra a liquidação da empresa. O governo gaúcho também quer preservar parte da empresa no estado.