Naquela alucinante Reunião Ministerial, divulgada por ordem da Justiça, viu-se ministros recomendando desde atos ilegais, como o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, e que “se venda logo aquela porra do Banco do Brasil”, frase proferida pelo ministro da Economia Paulo Guedes, referindo-se – com largo desprezo – a uma instituição histórica brasileira, alavanca indispensável para a agricultura familiar.
Se as recomendações falam muito sobre a personalidade nada brasileira destes dois ministros, é essencial alertar que a divulgação desta reunião vulgar e irresponsável pela mídia não pode gerar ilusão acerca da posição editorial equivalente praticada, permanentemente, pelas empresas de mídia brasileiras.
Pode até ser que alguns veículos de comunicação possam ter, momentaneamente, conflitos localizados com o atual governo. Mas, no fundamental, os meios de comunicação trabalham tanto para privatizar o máximo possível a economia brasileira, inclusive o Banco do Brasil, bem como para que seja atendida a voracidade insaciável de madeireiras, mineradoras e monocultores em geral que se insurgem contra qualquer legislação de proteção ambiental.
Tanto isto é verdade, que praticamente toda a mídia se uniu em torno do candidato Bolsonaro, manipulando informação contra os que defendiam o patrimônio público (Banco do Brasil, inclusive), e uma política pública protetora do meio ambiente.