A exposição celebra os 50 anos das relações diplomáticas entre o Brasil e a China, comemorados em 2024, além de ser a primeira no campo das artes visuais no Centro-Oeste a exibir o Selo Carbon Free (carbono livre).
A CAIXA Cultural Brasília convida os brasilienses para as visitas guiadas à exposição “Mzyellow: Uma Sinfonia em Quatro Movimentos”, que acontecem aos sábados, às 10h, e aos domingos, às 11h e 15h, até o dia 03 de novembro. A entrada é gratuita, e a exposição é acessível para pessoas com deficiência, reforçando o compromisso com a inclusão. As visitas guiadas permitem que o público explore de maneira mais profunda as obras e a concepção da mostra. A exposição celebra os 50 anos das relações diplomáticas entre o Brasil e a China, comemorados em 2024, além de ser a primeira no campo das artes visuais no Centro-Oeste a exibir o Selo Carbon Free (carbono livre).
A exposição traz uma coleção de obras criadas por Mzyellow ao longo da última década. O artista chinês é conhecido por combinar elementos tradicionais de sua cultura, como a caligrafia milenar, com técnicas ocidentais contemporâneas, o que confere às suas obras uma característica única. As visitas guiadas são uma oportunidade para que o público compreenda melhor o processo criativo do artista e sua influência nas artes visuais contemporâneas.
Durante as visitas, os guias oferecerão explicações detalhadas sobre cada um dos quatro movimentos da exposição, que refletem diferentes momentos do ciclo do dia. Essa estrutura permite que os visitantes acompanhem o desenvolvimento das obras de Mzyellow, desde o amanhecer até a noite, criando uma experiência imersiva. A disposição temática das salas convida os espectadores a apreciar as nuances e as diferentes técnicas utilizadas pelo artista.
Para quem não puder participar das visitas guiadas, a exposição segue aberta de terça a domingo, das 9h às 21h. Além da oportunidade de ver as obras de um dos maiores nomes da arte contemporânea chinesa, o público também poderá conhecer a inovação sustentável do evento, que é a primeira exposição do Centro-Oeste a exibir o Selo Carbon Free, algo que será discutido mais adiante.
Celebração dos 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e China
A exposição “Mzyellow: Uma Sinfonia em Quatro Movimentos” celebra a trajetória artística de Mzyellow, bem como marca os 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e China. Desde 1974, quando os dois países estabeleceram suas primeiras conexões formais, essa parceria tem crescido em diversas áreas, incluindo comércio, educação e cultura. A mostra faz parte desse contexto maior de troca e colaboração, usando a arte como veículo de diálogo entre as nações.
Clay D´Paula, curador da exposição, explica que o projeto cultural busca mostrar a arte chinesa contemporânea em um contexto moderno, algo que ressoa com a dinâmica das relações entre os dois países. “O projeto traz uma sinergia com o Brasil, uma vez que o artista criou obras durante sua passagem no Rio de Janeiro, em 2018”, destaca D´Paula. Essa conexão direta entre a experiência de Mzyellow no Brasil e a sua obra reflete o espírito colaborativo que caracteriza as relações diplomáticas sino-brasileiras.
O conceito da exposição, organizado em torno do ciclo do dia, também reflete essa fusão de culturas. Cada movimento, do amanhecer à noite, simboliza uma nova fase, assim como a relação entre Brasil e China tem passado por transformações ao longo dos anos. A escolha de não seguir uma cronologia tradicional na disposição das obras cria uma narrativa mais fluida, representando a interação entre duas culturas milenares que continuam a evoluir juntas.
Além disso, o fato de Mzyellow trazer para sua obra elementos ocidentais, como o uso de tinta acrílica e verniz, mostra como a arte pode transcender fronteiras geográficas e culturais. Essa mistura de técnicas tradicionais chinesas com influências ocidentais cria uma ponte simbólica entre Oriente e Ocidente, algo que reflete os próprios desafios e oportunidades das relações entre Brasil e China ao longo de cinco décadas.
Primeira exposição do Centro-Oeste livre de carbono
A inclusão do Selo Carbon Free na exposição “Mzyellow: Uma Sinfonia em Quatro Movimentos” representa um marco importante para as artes visuais no Centro-Oeste. Trata-se da primeira exposição na região a compensar as emissões de carbono geradas pela visitação, em uma ação que envolve o transporte dos visitantes até o local. A compensação foi feita em parceria com a empresa Greenline Carbonsat, que utilizou créditos de carbono provenientes de projetos de preservação florestal desenvolvidos no Brasil.
Essa prática de compensação ambiental está alinhada com as tendências contemporâneas de sustentabilidade, que têm ganhado cada vez mais espaço em diversas áreas, incluindo as artes. “É uma prática que, em um futuro muito próximo, deverá ser adotada por todas as empresas, em diversas áreas”, afirma o curador Clay D´Paula. A iniciativa visa reduzir o impacto ambiental da exposição, bem como conscientizar o público sobre a importância de práticas sustentáveis no cotidiano.
Ações como essa, que envolvem a mitigação de gases de efeito estufa, são fundamentais para combater as mudanças climáticas e seus efeitos globais. O curador reforça que a inovação na adoção desse selo é um passo essencial para que o setor cultural comece a assumir a responsabilidade por seu impacto ambiental.
Evolução da cena artística na China
Nas últimas décadas, a cena artística chinesa passou por uma profunda transformação, acompanhando o rápido desenvolvimento econômico do país. Hoje, a China é um dos maiores mercados de arte do mundo, com artistas locais ganhando destaque em galerias e exposições internacionais. Segundo D´Paula, o impacto dessa evolução é visível na obra de Mzyellow, que reflete as mudanças culturais e sociais vividas pelo país. “A arte contemporânea chinesa é vibrante e difere de outras produções artísticas”, explica o curador.
O crescimento econômico da China impulsionou a cena artística local, bem como ajudou a consolidar o país como um dos principais polos culturais do mundo. Antes da pandemia, cerca de 100 instituições de arte eram abertas anualmente no país, tanto por iniciativa governamental quanto por empresas privadas. Esse movimento fortaleceu a infraestrutura cultural da China, facilitando a divulgação de sua arte para o público internacional.
Artistas chineses como Mzyellow têm se destacado por combinar elementos tradicionais de sua cultura com práticas contemporâneas, criando uma linguagem artística única. Essa fusão de estilos e técnicas tem atraído a atenção do mercado global, especialmente no Ocidente. “Não me surpreenderá em nada se o próximo grande movimento artístico do século XXI nascer na China e não em outra parte do mundo”, afirma D´Paula, refletindo sobre o potencial da arte chinesa no cenário internacional.
Com o avanço das tecnologias e o aumento do interesse global pela arte chinesa, o país tem se tornado um verdadeiro laboratório criativo. Ao mesmo tempo que preserva suas tradições milenares, a China se projeta para o futuro com novas formas de expressão artística. Exposições como “Mzyellow: Uma Sinfonia em Quatro Movimentos” são um exemplo dessa combinação entre passado e presente, oferecendo ao público um olhar profundo sobre o impacto global da arte chinesa contemporânea.
SERVIÇO:
*Serviço:* [Artes Visuais] MZ YELLOW – Uma sinfonia em quatro movimentos
Local: CAIXA Cultural Brasília – SBS Quadra 4 Lotes 3 e 4, Asa Sul, Brasília/DF
Visitação: de 11 de setembro a 03 de novembro de 2024
Horário: 9h às 21h (terça a domingo)
Entrada Franca
Classificação indicativa: livre para todos os públicos
Acesso para pessoas com deficiência Informações: (61) 3206-6456
Assessoria de Imprensa: Patrícia Gripp (61) 9984-0495