Cercado por espuma do mar e envolto em uma fina nuvem de partículas de minério de ferro, o graneleiro Stellar Banner, um supernavio da classe Valemax, de 300 mil toneladas, e comprimento semelhante a dois campos de futebol, foi afundado hoje às 10 horas da manhã a 150 quilômetros da costa do Maranhão.
A decisão do afundamento foi tomada pela empresa proprietária da embarcação, a Polaris Shopping, e se baseou em relatório sobre as condições estruturais do navio feito a pedido da própria empresa que, ao tomar conhecimento do relatório, optou por descartar o navio, por ser inviável a sua recuperação.
O naufrágio programado foi executado 109 dias após o Stellar Banner ter deixado o Complexo Portuário da Ponta da Madeira, em São Luís, carregando quase sua capacidade total em minério de ferro. Na noite de 24 de fevereiro, nas proximidades do farol de Santana (município de Humberto de Campos, MA), verificou-se uma avaria no casco do graneleiro, com o capitão da embarcação tendo decidido encalhar o Stellar Banner em um banco de areia situado a 100 quilômetros da costa.
No período transcorrido entre o encalhe do navio e seu afundamento, todo o óleo estocado nos tanques do navio foi retirado pela equipe de salvatagem, o mesmo ocorrendo com cerca de metade da carga de minério de ferro. A Marinha do Brasil e os órgãos ambientais que acompanharam as operações que tinham como alvo o Stellar Banner concordaram com a decisão da empresa armadora e consideraram ser mínimos os impactos ambientais pelo naufrágio, o que foi feito em águas profundas.
Embarcações e aeronaves acompanharão por três dias a área do naufrágio, para avaliar possíveis danos ao meio ambiente e para recolher destroços que possam vir à tona.