Nesta terça-feira (9), a Marinha do Brasil, por meio do Comando do 4º Distrito Naval, informou que está agendado para acontecer na próxima sexta-feira (12) o afundamento do navio Stellar Banner, que está encalhado desde a noite de 24 de fevereiro deste ano. Segundo a Marinha, a empresa Polaris Shipping, proprietária da embarcação, teria solicitado oficialmente à Capitania dos Portos do Maranhão autorização para o afundamento, que será realizado a 150 km da costa maranhense.
Ainda de acordo com a Marinha, a Polaris Shipping informou que a intenção de afundar o navio se dá por livre e espontânea vontade, tendo sido a decisão tomada com base em relatórios da Sociedade Classificadora e das equipes de salvatagem. Mas, que, ainda cabe às autoridades Marítima e Ambiental a apreciação e aprovação do plano apresentado.
No documento entregue à Capitania dos Portos, a Polaris assume as responsabilidades com relação à carga que ficará a bordo do Stellar Banner e quaisquer outras reclamações futuras, declarando que as operações são planejadas e serão executadas por pessoal com conhecimento técnico, habilidade e capacidade necessários, aplicando as medidas de segurança exigidas e utilizando equipamentos e embarcações adequados. A Polaris, também, comunicou que está preparada para desenvolver “outras ações contra ocorrências fortuitas indesejáveis”.
Foi informado pela Marinha que a organização da ITOPF (International Tanker Owners Polutions Federation), contratada pela Polaris, acompanha as atividades para avaliar as boas práticas relacionadas às questões ambientais envolvidas no processo de afundamento. As empresas de salvatagem encerraram, na segunda-feira (8), a retirada de objetos flutuantes (espias, cilindros de oxigênio) e contaminantes (baterias, computadores) de bordo.
O AHTS (Anchor Handling Tug Supply) Bear, o OSRV (Oil Spill Response Vessel) Água Marinha na contingência, o OSV (Offshore Support Vessel) Normand Installer e o Navio-Patrulha “Guanabara”, da MB, permanecem na cena de ação para monitorar todo o processo de afundamento. A Marinha do Brasil, por meio do Comando do 4º Distrito Naval e da Capitania dos Portos, disse manter a fiscalização das atividades juntamente com as autoridades ambientais do estado do Maranhão, na presença da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O Stellar Banner sofreu avaria na proa, após deixar o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (porto privado da Vale), em São Luís, no dia 24 de fevereiro deste ano. O problema teria ocorrido no canal de acesso ao porto, a cem quilômetros do litoral. O destino da embarcação era a China, para onde levaria a carga de minério a bordo. O navio é um graneleiro dp tipo Vale Max, chamado de supernavio; ele tem capacidade para transportar até 300 mil toneladas de carga, segundo o site da Polaris. À época, foi informado que teriam havido dois vazamentos na frente do Stellar Banner. Por esse motivo, o comandante do navio optou por encalhar o navio num banco de areia.
Do Jornal Pequeno, de São Luís