A Netflix lançou em 2021 a coleção “Histórias Palestinas” com a proposta de exibir filmes de diretores renomados do mundo árabe, destacando as narrativas palestinas. Inicialmente, o catálogo oferecia 32 produções, mas atualmente, segundo o Intercept Brasil, apenas o documentário “Ibrahim: um destino a ser traçado”, de Lina Al Abed, está disponível para os assinantes nos EUA revelando uma drástica redução no acervo.
A exclusão é ainda mais grave para espectadores em Israel. Quando acessado de um endereço de IP israelense, a coleção “Histórias Palestinas” desaparece completamente, levando a um erro 404, como se nunca tivesse existido. O catálogo israelense, que contava inicialmente com 28 filmes, agora se encontra sem qualquer referência às produções palestinas, o que intensifica as críticas ao apagamento cultural.
Organizações pró-Palestina, lideradas pela Freedom Forward, expressaram indignação com a decisão da Netflix em uma carta endereçada aos executivos Reed Hastings, Greg Peters e Ted Sarandos. Eles pedem que os filmes excluídos retornem ao catálogo, argumentando que a ação da plataforma contribui para o apagamento das histórias e perspectivas palestinas, dificultando o acesso do público a essas produções culturais.