Nossas análises do atraso e do conservadorismo expresso nos resultados das últimas eleições no Rio Grande do Sul vêm se confirmando dia a dia.
A “Escola sem partido” virou “lei” em terras gaúchas.
Desde 2016 havia a tentativa de aprovar esta excrescência na Câmara Municipal de Porto Alegre.
No final do ano passado, a proposição passou, o prefeito silenciou e, neste 05 de fevereiro, a presidente bolsonarista da Casa sancionou a tal lei, com um séquito de vereadores ultraconservadores.
A oposição composta pelo PT, PSOL e PCdoB prometem questionar a lei na Justiça. A própria Procuradoria Geral da Câmara tinha dado a proposição como inconstitucional.
Não foi o único ponto de atraso da semana na Câmara. No dia 03, segunda-feira, a Câmara já tinha mudado a composição e função do Conselho do Departamento de Águas e Esgotos, o conselho tem o mesmo numero, agora, de indicação do prefeito, quanto da sociedade, e de deliberativo passa a ser apenas consultivo.
O SILÊNCIO QUASE TOTAL
No passado, o ex-prefeito do PP, João Dib, falecido há pouco, era um defensor que o departamento fosse público. Desta feita o PP seguiu a proposta do prefeito.
Nas entidades representativas do capital nenhuma voz, cujo silêncio pode sair cara logo em seguida, pois há setores que dependem enormemente da água e dos esgotos adequados.
De igual maneira, apenas o Sindicato dos Municipários se mobilizou, sem uma nota sequer das outras entidades e das centrais sindicais.
(*) Por Adeli Sell, professor, escritor e bacharel em Direito.
*As opiniões dos autores de artigos não refletem, necessariamente, o pensamento do Jornal Brasil Popular, sendo de total responsabilidade do próprio autor as informações, os juízos de valor e os conceitos descritos no texto.