Nosso querido “Pelao” Enrique Gorriarán Merlo dirigiu esta épica Revolucionária que transbordou de orgulho a uma geração de Revolucionários que fizeram justiça pelos heróis e mártires de nossa amada Nicarágua e com ela a esperança do povo nuestroamericano. Glória eterna aos combatentes desta histórica façanha
O FIM DE UMA DINASTIA
(Num dia como hoje… [20 de setembro] era justiçado o ex-ditador #AnastasioSomoza)
O taxista aguarda indicações com o veículo em marcha. A mulher fecha a porta, o observa, porém não lhe dá nenhum endereço. Só lhe diz que a leve a “um salão de beleza que fica a duas quadras de onde vive o general Somoza”. O homem pensa por um momento e arranca. Nas quadras de detém frente a uma delegacia. Ali, pergunta a um policial se sabe onde vive o ex-ditador. O oficial não duvida e responde: na rua Generalíssimo Franco. Ao chegar ao destino, a mulher agradece, paga e desce. Tinha resolvido um inconveniente com o qual se enfrentavam desde há várias semanas. Agora, o grupo integrado por cerca de dez homens e mulheres poderia dar passagem a seguinte fase do que haviam denominado Operativo Réptil.
Dias depois, uma pessoa caminha para a esquina das ruas Generalíssimo Franco e Santíssimo Sacramento e se aproxima de um quiosque. Comenta com o dono que está interessado em participar do negócio, que chegou ao Paraguai há pouco tempo e que está em vias de se casar com uma mulher. Ademais, conta com $3 000 [dólares] para investir. O quiosqueiro aceita o pacto, pelo que acordam no que melhor seria que o novo sócio seja quem atenda no posto. Um passo a mais no plano e tudo marchava a todo vapor. Desde ali, tal e como o haviam pensado, passariam observando os movimentos de Somoza, as entradas e saídas, os horários e as pessoas que frequentavam a mansão. Em pouco tempo, a rotina do ex-ditador já estava cronometrada.
Nessa época, o grupo formado por membros do ERP e sandinistas já contava com uma casa que tinham alugado na mesma quadra de Somoza. Dias atrás, se haviam apresentado na imobiliária dizendo serem representantes de Julio Iglesias e que buscavam se alojar para produzir um filme no Paraguai. Isso sim, disseram que necessitavam de total discrição. Nem uma palavra para ninguém. O trato se fechou facilmente e a dona da imobiliária só pediu de presente uma foto autografada do cantante. Com tudo pronto, agora restava aguardar. Finalmente, na manhã de 17 de setembro de 1980, chegou o dia esperado.
Somoza percorria sempre o mesmo caminho. Por isso, às 10:35, um dos guerrilheiros, vestido de jornaleiro, deu a senha por walkie-talkie: “Blanco, blanco”. A sequência ocorreria em poucos segundos. O Mercedes Benz blindado saiu da mansão rumo ao banco quando, de golpe, uma camioneta se cruzou no caminho, Irurzún apertou o gatilho do lança-foguetes, porém o projétil não saiu. Nesse momento, Gorriarán Merlo começou a disparar com um fuzil até esvaziar o tambor. Num intercâmbio de tiros com a segurança [do ex-ditador], o homem do ERP avançou contra Somoza sem deixar de atirar. De um momento para outro, o lança-foguetes funcionou e o blindado voou pelos ares. Já ninguém voltou a disparar. O último membro da dinastia era história. Foi justiçado por parte do mesmo povo ao qual, durante décadas, tinha sonhado exterminar.
Tradução > Joaquim Lisboa Neto
Biblioteca Campesina, 20 setembro 2023
(*) Joaquim Lisboa Neto, coordenador na Biblioteca Campesina, em Santa Maria da Vitória, Bahia; ativista político de esquerda, militante em prol da soberania nacional.
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