Embora não veja condições políticas para o êxito de um golpe bolsonarista, por experiência própria e conhecimento histórico nunca subestimo ameaças de golpe vinda de militares curtidos pelo reacionarismo da oligarquia e a ideologia imperialista da Guerra Fria.
A nota sobre o golpe militar de 31 de março de 1964 feita pelo ministro da defesa general Braga Neto, o provável vice de Bolsonaro, e assinada pelos três ministros militares é uma dessas ameaças explícitas de golpe contra o nítido avanço da consciência democrática antifascista na sociedade e a unidade das forças populares.
A nota se soma às renovadas declarações de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas e o que ela chama de “dar a vida pela liberdade”. Traduzindo seu discurso golpista para a vida real, ele pretende não reconhecer a vitória eleitoral de Lula e defende sua “liberdade” para impedir a posse do novo presidente e assim continuar com o seu governo fascista neocolonial e de destruição nacional.
O que a nota o general Braga Neto chama de “marco histórico da evolução política”, foi na verdade a sanguinária ditadura militar que impôs o regime de terror ao povo brasileiro.
Um saldo brutal de 50 mil pessoas presas por suas posições políticas, 20 mil delas torturadas e pelo menos 434 mortas ou “desaparecidas” e cerca de 8,3 mil indígenas mortos. Censura de imprensa e da produção cultural, arrocho salarial, perseguição de sindicalistas, líderes camponeses, professores, intelectuais e religiosos progressistas. Repressão violenta a qualquer tipo de protesto e cassação de centenas de mandatos de parlamentares que não diziam “amém” aos ditadores.
Esses são os dados concretos da história, da memória daqueles que lutaram pela liberdade e o consenso dos historiadores. Para negar tudo isso e reescrever a história de maneira invertida, somente por meio da censura e da força bruta de um novo governo ditatorial.
A retomada dos atos de massas pelo Fora de Bolsonaro, convocados pelo forte eco da revoltada indignada das massas de jovens contra a censura fascista do Lollapalooza, virá com um novo e decisivo aspecto: a manifestação clara e unitária do voto em Lula como a única saída desse pesadelo fascista.
E o ano está cheio de várias oportunidades para os protestos espontâneos das massas contra Bolsonaro e pela opção democrática em Lula. Teremos pela frente a “malhação do Judas Bozo” na semana santa, o carnaval em abril, as festas juninas do Nordeste e o Rock in Rio em setembro.
É nas ruas onde formaremos a massa mobilizada que combaterá o golpe e garantirá a posse de Lula. Mas no momento, precisamos ocupar as ruas no próximo sábado 9 de abril com o povo e a juventude consciente!
(*) Por Val Carvalho, escritor e militante de esquerda
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