Preços altos levam a pedido por impostos extraordinários
Em meio à alta crescente nos preços de alimentos e aumento da fome no mundo, as quatro companhias que controlam o comércio global de grãos registraram faturamentos e lucros recordes ou perto dos mais altos já alcançados. Com a previsão de que a demanda superará a oferta ao menos até 2024, o quadro de elevados ganhos deve se manter nos próximos dois anos.
Matéria publicada nesta terça pelo jornal britânico The Guardian revela que Archer-Daniels-Midland (ADM), Bunge, Cargill e Louis Dreyfus, conhecidas como ABCD, que controlam algo entre 70% e 90% do comércio global de grãos, engordaram seus ganhos.
As três primeiras são empresas norte-americanas; a Louis Dreyfus tem sua sede na capital holandesa, Amsterdã. Todas as quatro foram fundadas entre 1818 e 1902. Com exceção da ADM, as corporações são controladas por suas famílias fundadoras.
A Archers-Daniels-Midland obteve os maiores lucros de sua história durante o segundo trimestre do ano. As vendas da Bunge aumentaram 17% ano a ano no segundo trimestre. A Cargill registrou um aumento de 23% nas receitas, obtendo um recorde de US$ 165 bilhões. E a Louis Dreyfus reportou lucros para 2021 80% superiores em relação ao ano anterior, com receitas quase 25% maiores.
Um levantamento inédito, feito por uma ONG cujo nome não foi revelado pelo Guardian, descobriu que a ADM aumentou sua margem de lucro para 4,46% no primeiro trimestre deste ano, ante 3,65% no mesmo trimestre de 2021. A margem da Cargill aumentou de 2,5% no ano passado para 3,2% este ano.
Os resultados levaram a entidades a aumentar a pressão por taxação dos lucros extraordinários (windfall tax), o que já foi anunciado, ainda que timidamente, para as empresas de energia no Reino Unido e outros países.
Apesar de quedas recentes, o Índice de Preços de Alimentos da FAO (órgão da ONU para agricultura) permaneceu 13,1% maior se comparado a julho de 2021. O valor dos cereais, especificamente, caiu 11,5% no mês passado, mas permanece 16,6% acima do preço de julho do ano passado.
Trigo, milho e soja são as três principais matérias-primas agrícolas comercializadas globalmente. No Brasil, a estatal chinesa Cofco confronta o grupo ABCD como o principal comprador de milho e soja.
Apenas 87 corporações com sede em 30 países dominam a cadeia produtiva do agronegócio em todo o planeta. São gigantes do setor de bebidas e carnes, como Coca-Cola, a AmBev, JBS e Unilever.
(*) Por Marcos De Oliveira. Diretor de Redação do Monitor Mercantil
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