O Covid-19 é um vírus de transmissão e contágio rápidos, simples, e acha tem terreno fértil em comunidades com pouco acesso aos meios de prevenção. Nesses locais, o governo tem de intervir com políticas sanitárias agressivas. Paranoá é ligada econômica, social e afetivamente ao Itapoã. Assim, os gestores dessas duas cidades deveriam traçar planos de combate ao vírus e de apoio ao povo, mas ao que parece, falta apoio do Governador Ibaneis.
No DF o Covid-19 teve início no Lago Sul, vindo da Europa. Ali, famílias têm casas grandes e podem separar ambientes confortáveis para a quarentena da pessoa contaminada. A pessoa pode ficar dias sem trabalhar, alguns têm o médico no seu domicilio. Enquanto isso, sem apoio dos governos, o povo precisa buscar o sustento.
Vítimas fatais do Coronavírus já chegaram ao Paranoá e Itapoã que nos últimos 15 dias cresceu mais de 1000%, deixando o povo aflito. Wlamir Ubeda – aposentado da CAIXA, mora na Q. 03 do Paranoá e relata que já perdeu dois amigos para a doença. Sobre as aulas, Wlamir afirma: “elas não devem voltar tão cedo, mesmo com a possibilidade de perda do ano letivo”.
A Diretora do CAIC, Professora Oneide, pede mais interesse do GDF com a comunidade escolar. Para ela, as pessoas estão mal orientadas, falta o Estado, elas aglomeram-se em bancos, lotéricas, mercados etc. Segundo a Professora “é comum ouvir que o Governador teve uma atitude firme e positiva no início da pandemia, mas depois de visitar o Presidente Bolsonaro, suas ações se perderam e com isso acelerou-se a pandemia aqui no DF”.
Manoel Messias é metroviário, formado em Letras e Pedagogia. Especialista em Ciência Política.