O estudo realizado pela Universidade Feevale, localizada em Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos, analisou 30 amostras. Foi detectada a presença de Covid-19 em seis delas, cinco em Porto Alegre, outra em coleta feita em Novo Hamburgo. A pesquisa foi elaborada em parceria com o governo gaúcho.
A coordenadora do projeto, professora do mestrado em Virologia da Universidade Feevale, Caroline Rigotto explica que os pacientes que são positivos para o coronavírus, com sintomas ou assintomáticos, “eliminam os vírus nas fezes”. Ela acrescenta que não há risco em relação à água que chega nas torneiras das residências. “Nos sistemas normais de tratamento, onde nós utilizamos cloro para tratar a água, ele é eficaz para eliminar o vírus”.
O trabalho auxilia a localizar pessoas assintomáticas e identificar regiões com surtos isolados. A pesquisa foi iniciada em 11 de maio, neste período, em Porto Alegre haviam 644 casos de Covid-19, e em 3 de junho 1.367. “Nesse sentido é possível inferir que a presença do vírus no esgoto sanitário apresentou comportamento de crescimento sanitário, acompanhando a epidemia na região”, acrescenta Caroline.
Na capital gaúcha, foram selecionados pontos estratégicos de coletas nos Sistemas de Esgotamento Sanitário (SES) que representassem a maior parte da população. Nesta análise entraram também amostras de quatro hospitais públicos e privados que receberam pacientes com coronavírus.
O estudo prosseguirá no Rio dos Sinos e no município de Canoas. “Estamos pensando em pontos estratégicos como comunidades em vulnerabilidade social e com déficit em esgotamento sanitário”, explica Caroline.
Foto – Divulgação Universidade Feevale