Planejamento estratégico (quase) virou uma palavra composta
O planejamento representa papel fundamental para a existência organizacional e operacional de uma empresa. Sem ele, dificilmente o empresário conseguirá posicionar-se no presente, compreendendo o momento da empresa e vislumbrando o futuro. Assim, sem uma preparação de trabalho, manter uma empresa viva no mercado competitivo global será uma tarefa árdua, que exigirá esforços crescentes para a sobrevivência e o sucesso dos negócios.
Planejar é preciso. Sim, em dois aspectos. Tanto no que é necessário e faz falta, quanto do viés do rigor, da precisão, do aperfeiçoamento para se tentar o atingimento da exatidão. Em geral, o termo planejamento vem seguido de estratégico. Isso porque o segundo verbete – além de estar intrinsecamente ligado à vida da empresa – assume caráter de longo prazo, diferenciando-se do tático, que está ligado ao tempo mais curto.
Dessa forma, observa-se através das iniciativas do planejamento estratégico que gerir uma empresa é acreditar na sua continuidade, na resistência contra as vicissitudes do mercado, e na sua capacidade de adaptar-se às situações para superá-las, cumprindo ciclos voltados ao crescimento, de sorte que possa desenvolver-se passando pelos estágios de porte de tamanho e faturamento (micro, pequena, média e grande) devido ao seu fortalecimento.
Portanto, planejamento estratégico tem a ver com as decisões que definem metas e estabelecem ações para que a empresa possa alcançar objetivos nas melhores condições possíveis, utilizando-se de ferramentas e cenários para contextualizar caminhos. Esse casamento de palavras faz com que planejamento estratégico (quase) vire uma palavra composta, tamanha a expressão da sua importância.
No mercado, o acesso a ferramentas de planejamento é relativamente fácil. Nesse meio, não faltam empresas e entidades representativas ofertando apoio, prestando serviços e disponibilizando recursos para que uma empresa possa extrair do seu organismo opções operacionais para constituir estratégias. Dependendo da necessidade, o planejamento estratégico pode caracterizar-se por ser uma vasta ação, cujo formato envolva diferentes tópicos, como estudo de mercado, público-alvo, missão, visão e valores, objetivos, elaboração de indicadores, monitoramento da implementação das ações, entre outros pontos.
Num mundo em que a informação tem tempo real; os acontecimentos se tangenciam ou se cortam, a despeito da distância; e as pessoas se influenciam diariamente com novidades, as exigências sobre as empresas para a tomada de decisões ampliam o arco de ações na medida em que a dinâmica global tende a constituir cenários mais virtuais e públicos exigentes.
Nesse contexto, o comércio se vê diante de novos desafios. O principal será acompanhar as transformações da indústria e da agropecuária para exercer sua função junto à sociedade, levando produtos, num ambiente onde IA, robótica e conectividade serão padrões determinantes para a mecânica e a evolução social.
(*) Por Aldo Gonçalves é presidente do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio).