O presidente Jair Bolsonaro vinha sendo acusado de querer interferir no comando da Polícia Federal, principalmente na superintendência do órgão no Rio de Janeiro. Agora parece que não há dúvidas de que conseguiu. Logo após a nomeação do novo ministro da Justiça, André Mendonça, houve uma troca geral no comando da Polícia Federal e em muitos cargos de importância chave.
Três semanas depois que Rolando Alexandre de Souza se tornou o diretor-geral da PF, o Ministério da Justiça publicou 99 portarias, de uma só vez, preenchendo 16 páginas de uma edição extra do Diário Oficial da União, do dia 25 de maio.
Cada portaria muda de um a cinquenta ocupantes de cargos, modificando a composição da PF de alto a baixo em todo o país. São centenas de alterações de uma só vez. O destaque fica por conta da chefia da PF no Rio de Janeiro, que tem como novo superintendente o delegado Tácio Muzzi.
Está cada vez mais claro que a mudança na estrutura da PF já vinha sendo costurado por Bolsonaro há algum tempo, já que um projeto com essa complexidade dificilmente teria sido concebido em alguns dias. Já estava tudo pronto. Como afirmou o cientista político Cesar Benjamin, “Bolsonaro pode ter transformado a PF em polícia particular”.
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